Crime bárbaro

Mulher mata ex-marido, põe fogo no corpo dele e é presa em Raposos

De acordo com o delegado que fez o flagrante, a mulher ainda teria tentado esquartejar o cadáver; o irmão dela também foi preso por suspeita de participação no crime

Qui, 21/05/15 - 19h08

Uma mulher, de 59 anos, e o irmão dela, de 67, foram presos em flagrante nesta quinta-feira (21), suspeitos de matar, queimar e tentar esquartejar o corpo do ex-marido da suspeita, Ademir Luiz Cesário, de 60 anos. O caso aconteceu em  Raposos, na região Central do Estado.

O crime, de acordo com o delegado Fernando Marins, titular da Delegacia de Raposos, teria sido motivado pelas agressões sofridas pela autora L.S.C., com quem Cesário havia sido casado e ainda mantinha um relacionamento descrito por ela como “conturbado”.

Segundo Marins, L.S.C. confessou o assassinato e disse que matou o ex-marido asfixiado, há mais de uma semana. “Ela matou o companheiro, escondeu o corpo embaixo da cama e hoje (nesta quinta) pôs fogo no corpo e iria tentar ocultar o cadáver”, explicou o delegado.

A polícia chegou aos suspeitos após uma denúncia feita por vizinhos, que desconfiaram ao sentir um cheiro estranho vindo da casa onde a mulher vivia com o irmão. “Eles subiram no muro, viram o corpo e chamaram a polícia”, disse o delegado sobre o momento em que os suspeitos colocaram fogo no cadáver.

Quando os policiais chegaram à casa, de acordo com Marins, boa parte do corpo já tinha sido queimado. Ainda segundo o delegado, um corte muito profundo na nuca e outra na parte superior do joelho da vítima indicam que a suspeita começou o esquartejamento.

Irmão foi preso como cúmplice

O irmão de L.S.C., A.S., foi preso por suspeita de participação na tentativa de ocultação do cadáver. Segundo o delegado, ele negou envolvimento com o caso, mas testemunhas disseram à polícia que viram o momento em que o suspeito entregou um machado à irmã, ferramenta que teria sido usada por ela para esquartejar a vítima.

Em seguida, ainda segundo as testemunhas, ela teria dito que ele podia “ir embora”. De acordo com Marins, há indícios de que, pela dinâmica da situação, ele tenha ajudado a irmã a retirar o corpo de dentro de casa e levar ao quintal. Não há, no entanto, nenhuma evidência que leve à conclusão de que ele participou do assassinato.

O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), em Belo Horizonte, onde passará por exames que devem apontar a causa da morte.

Após o flagrante, L.S.C. foi levada para o presídio feminino, em Belo Horizonte, e o irmão dela, A.S., para o presídio de Nova Lima. Eles devem responder pelo crime de homicídio qualificado. 

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