EM SÃO GOTARDO

Mulher mata marido a facadas e foge com o amante no Alto Paranaíba

Segundo irmã da vítima, ele sabia do relacionamento extraconjugal da companheira e aceitava; filha do casal, de 7 anos, presenciou discussão dos pais

Seg, 29/08/16 - 11h40
Eliseu morreu na noite desse domingo | Foto: ARQUIVO PESSOAL

“Meu irmão amava essa mulher. Amou até o ponto de ser assassinado por ela". A frase é da dona de casa Eliane Correia de Melo, que conversou com a reportagem de O TEMPO na tarde desta segunda-feira (29) durante o velório do irmão em São Gotardo, no Alto Paranaíba. O homem foi morto a facadas pela companheira, que após o crime, segundo a cunhada, fugiu com o amante.

Eliseu Correia de Melo, de 33, estava em casa, na zona rural da cidade, com a mulher e a filha do casal, uma menina de apenas 7 anos, na noite desse domingo (28) quando os dois começaram a discutir.

“Eles sempre bebiam muito, brigavam e se agrediam. Não sabemos o que aconteceu na casa para o começo da briga. Durante o dia, o Eliseu me ligou e disse que ele e família estavam passando por dificuldades financeiras e não tinham alimentos em casa para comer. Os dois estavam desempregados”, disse a irmã.

Apesar da queixa, a vítima não chegou a comentar se estava com algum tipo de problema com a mulher. Já durante a noite, a criança saiu da residência chorando e pedindo ajuda aos vizinhos afirmando que os pais estavam brigando.

Quando os moradores da área chegaram ao imóvel encontraram Melo caído na cozinha, ensaguentado com ferimentos no tórax. Ele chegou a ser socorrido para um hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.

Ainda conforme a vizinhança, a suspeita do crime foi vista correndo por um matagal. Militares fizeram rastreamento na região, mas a mulher não foi encontrada.

Relação conturbada

Melo e a companheira estavam juntos há 14 anos. De acordo com a irmã do homem, a cunhada mantinha um relacionamento extraconjugal com o vizinho e o marido sabia.

“Nós nunca entendemos por qual motivo ele não se separou.Fingia que estava tudo bem. Não vimos o vizinho depois do crime e não sei se ele tem algum tipo de envolvimento na morte do meu irmão. Mesmo com tanta briga, não imaginei que o casamento dos dois fosse acabar assim”, lamentou Eliane.

Segundo ela, a criminosa tinha um temperamento difícil e vivia brigando com os familiares do marido. Apesar das agressões mútuas, o casal não chegou a registrar nenhum boletim de ocorrência.

 

Atualizada às 16h57

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