Uma mulher de 46 anos denunciou um homem por estupro após, supostamente, ele ter beijado uma menina de 9 anos, em Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte, nessa quarta-feira (27). Ele foi preso.
Segundo a denunciante à Polícia Militar (PM), ela passava de carro pela rua João Teodoro da Silva, no bairro Parque Sônia Teixeira Romanelli e viu o suspeito de 42 anos sentado em um banco com a menina sentada no colo dele. O homem beijava a criança na boca.
Não concordando com a situação, a mulher foi ao local e retirou a criança do colo do homem e conversou com ela sobre a situação. Neste diálogo, a menina teria afirmado que não era a primeira vez que o abuso acontecia e que, inclusive, eles já tinham feito sexo.
Com a chegada da polícia, a criança foi encaminha para um pronto atendimento e depois foi levada para o Hospital Odilon Behrens, na capital, para exames complementares.
O homem negou o crime, mas foi detido e conduzido para uma delegacia para prestar esclarecimentos. Após prestar depoimento, o suspeito foi encaminhado para uma unidade prisional, nesta quinta-feira (27). Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), em 2005, ele chegou a ficar preso por 34 dias. O crime cometido não foi divulgado.
Preso é vizinho da vítima
Segundo o sargento Welson Geraldo dos Reis Lima, que atendeu a ocorrência, ao ser questionada, a menina disse que o vizinho passou a mão em seu corpo. "Além do beijo, ela disse que o homem acariciou seus seios, nádegas e coxas. Em relação à penetração, ela não disse nada aos policiais", explicou o militar.
O vizinho, que aparentava ter bebido (estava com hálito etílico) ao ser abordado, negou o estupro e afirmou que só deu um beijo no rosto da criança. "Ele não caiu em contradição durante a abordagem. Disse que não fez nada demais", contou Lima. O homem tem uma passagem pela polícia por ameaça.
Mãe de menina acredita na inocência de suspeito
Em conversa com a reportagem de O TEMPO, a mãe da criança afirmou ter certeza que o vizinho não cometeu nenhum crime.
“Minha família o conhece há muitos anos e não quero que ele fique preso. Não teve nada disso que essa mulher falou. Minha filha tem uma deficiência mental, faz tratamento na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) da cidade e acredito que ela, no meio da confusão, ‘caiu na pilha’ dessa mulher (a testemunha). O médico me falou que o exame também não apontou rompimento do hímen dela”, disse a jovem de 27 anos".
Investigação
Na manhã desta quinta, a vítima esteve na delegacia da cidade com a mãe. Segundo a delegada Priscila Pereira Santos, a criança vai passar pelo exame de corpo delito nesta tarde. 'A mãe me contou que os médicos do Odilon disseram que não houve conjunção carnal. Mesmo assim, a menina vai passar pelo exame aqui e será ouvida, assim como os familiares", explicou.
Priscila destacou ainda que, mesmo sem o rompimento do hímen, o fato de o homem supostamente ter beijado a boca da criança, conforme citado pela testemunha, já configura ato libidinoso. Caso seja comprovado o estupro de vulnerável, o suspeito pode pegar de oito a 15 anos de prisão.
Atualizada às 14h49
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