Covid-19

"Não haverá fechamento da cidade", diz Kalil sobre entrevista nesta quarta-feira

Apesar de garantir a manutenção do funcionamento do comércio, o chefe do executivo avisou que "a pandemia não acabou"

Ter, 25/01/22 - 16h25

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou na tarde desta terça-feira (25) que não vai fechar o comércio na capital. A declaração foi feita no perfil do político, no Twitter, horas depois do agendamento de uma entrevista coletiva, nesta quarta-feira (26), sobre o avanço da pandemia da Covid-19. Apesar de garantir a manutenção do comércio, Kalil indicou que o município deve ter novas regras para controle da pandemia.

“Não haverá fechamento da cidade amanhã, mas a pandemia ainda não acabou. No mais, é especulação”, publicou o prefeito. A possibilidade de fechamento do comércio foi aventada pelo próprio secretário municipal de saúde de Belo Horizonte, em entrevista na semana passada, ao comentar dificuldades de reposição de profissionais para a rede de saúde do município

Desde a última semana, o prefeito e o comitê de enfrentamento à Covid de BH, formado por infectologistas, discutem medidas para a fase atual da pandemia. Entre os assuntos em pauta nas reuniões estão a vacinação de crianças de 5 a 11 anos e protocolos e critérios para eventos particulares de Carnaval

BH tem pelo menos três grandes programações na agenda, com presença de artistas de renome, como Ivete Sangalo e Thiaguinho. Outra incógnita gira em torno dos jogos de futebol. A temporada 2022 começa nesta semana com o Campeonato Mineiro. 

Medida da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) já reduziu o público das duas primeiras rodadas do torneio a 20 mil torcedores. Crianças não podem entrar nos estádios. 

Indicadores no vermelho

BH abriu mais 40 leitos de enfermaria para pacientes com Covid-19 nesta segunda (24/1), mas a ocupação voltou a subir na cidade: 83,7% para 89,7%. Portanto, o indicador permanece na zona crítica da escala de risco. 

No caso das UTIs, a ocupação é ainda mais alta: 90,3%. São 254 leitos em BH, mas apenas 22 livres no momento, conforme o boletim da prefeitura. 
As UTIs estão no patamar mais grave há nove balanços, desde 12 de janeiro. Já as enfermarias enfrentam a situação há mais tempo ainda: desde 7 de janeiro, 11 levantamentos consecutivos. 

Outro indicador fundamental da pandemia, a transmissão do coronavírus está em 1,18 em BH. Portanto, dentro do nível de alerta.

O salto na demanda está relacionado a vários fatores: a variante ômicron do coronavírus, o surto da gripe influenza e as aglomerações das festas de fim de ano e das férias. As viagens de janeiro também pesam sobre o sistema de saúde. 

A alta transmissão tem dificultado o recrutamento de profissionais de saúde. Segundo o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, falta até RH para admitir novos colaboradores.

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