Em BH

Nascem prematuros os gêmeos da médica que mandou cortar pênis do ex

Crianças estão na CTI neonatal; segundo a Seds, assim que tiverem alta, mãe e filhos serão transferidos ao Centro de Referência à Gestante Privada da Liberdade

Qua, 04/03/15 - 16h14

Nasceram, na manhã desta quarta-feira (4), os gêmeos da médica Myriam Priscila de Rezende Castro, que foi condenada por mandar cortar o pênis do ex-noivo em 2002. A informação foi confirmada pela assessoria da maternidade Octaviano Neves, onde a mulher está internada sob custódia da Subsecretaria de Administação Prisional (Suapi).

Ainda conforme a unidade hospitalar, eles não sabem o horário exato do nascimento. Os bebês estão em observação no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) Neonatal, uma vez que nasceram prematuros. A assessoria também não soube informar com quanto tempo de gestação Myriam estava, apesar de informações extraoficiais darem conta de que ela estava grávida há cerca de seis meses.

A reportagem de O TEMPO entrou em contato com o advogado da médica, Giovanni Caruso Toledo, que afirmou que a família não o autoriza a divulgar informações sobre a cliente. Em fevereiro, o defensor concedeu uma entrevista e explicou que a gravidez era de risco devido à pré-eclâmpsia, consequência da pressão alta, do quadro grave de pré-dilatação do colo de útero, diabetes gestacional e anemia. Toledo explicou que a gestação foi resultado de uma inseminação artificial e que a médica já fazia um tratamento para engravidar há anos.

Procurada, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) confirmou que assim que a médica e os bebês tiverem alta eles serão transferidos para o Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade, em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com a secretaria, a médica já é escoltada por agentes penitenciários da unidade especial, que recebe as detentas grávidas até o que os seus filhos completem 1 ano. Após esse período, a Justiça decide sobre a guarda da criança, encaminhando-as normalmente para familiares mais próximos das detentas.

A médica chegou a ser considerada foragida da Justiça após sair para trabalhar no dia 28 de janeiro e não retornar mais para o Complexo Penitenciário Estevão Pinto, no bairro Horto, na região Leste da capital. Ela só foi localizada pela Polícia Militar (PM) na maternidade no dia 20 de fevereiro deste ano. Desde então ela chegou a ter o pedido de prisão domiciliar negado pelo juiz.

ENTENDA O CASO

Crime

A médica Myriam Priscilla Castro mandou cortar o pênis do ex-noivo, Wendel José de Souza, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, em 2002. O mebro foi extraído com uma faca, por dois homens contratados pela mulher. A vítima, que havia terminado o noivado três dias antes da data marcada para o casamento, não morreu.

Condenação

Myriam foi condenada a seis anos de prisão e capturada em Pirassununga (SP). Desde abril de 2014, ela cumpre pena no Complexo Penitenciário Estevão Pinto, na capital. Em julho, a detenta foi autorizada a trabalhar fora, mas tem que passar as noites na prisão.

Atualizada às 18h19

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