BR–381

Obras estão totalmente paradas 

Contratadas suspendem intervenções entre Valadares e Jaguaraçu até que consórcio quite dívida

Qua, 08/07/15 - 03h00
Boicote. Decisão de paralisar intervenções foi tomada na quinta-feira por cerca de 30 empresários | Foto: FERNANDA CARVALHO / O TEMPO

Sem previsão para receber o pagamento de dívida inicialmente orçada em R$ 14 milhões (parcelada em quatro vezes), empresários de subcontratadas pelo consórcio Isolux/Corsán/Engevix – responsável pelas obras de duplicação da BR–381 nos lotes 1 e 2 entre Governador Valadares e Jaguaraçu – decidiram paralisar totalmente as obras no trecho até que a empreiteira quite o valor. A decisão foi tomada na última quinta-feira por cerca de 30 empresários, que ameaçam fazer manifestações na porta do escritório da Isolux, em Ipatinga, no Vale do Aço, na próxima semana, caso as negociações não avancem. Apenas uma das quatro parcelas acertadas foi paga – os valores de maio e junho não foram repassados.

“Trabalhamos mais de dois meses sem receber o que foi combinado. Eles (o consórcio) são muito sacanas e querem nos chamar para negociar apenas em setembro”, contou um empresário, sob anonimato.

Ainda segundo ele, o consórcio Isolux/Córsan/Engevix teria avisado aos empresários que outras empresas, com sede em São Paulo, seriam subcontratadas para trabalhar na obra da rodovia. “Eles falaram que vão trazer empresas de São Paulo para cá, mas nós não vamos deixar isso acontecer”, afirmou o empresário.

Em nota, a assessoria de imprensa da Isolux confirmou que somente a partir de setembro deve retomar os repasses para as empresas colaboradoras e informou que “aguarda a liberação gradual dos novos pagamentos por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que sofreram novos atrasos e tiveram de ser reprogramados”. No entanto, o consórcio nega a possibilidade de contratação de empresas de São Paulo.

Também por assessoria de imprensa, o Dnit informou que dos R$ 43,8 milhões que precisava repassar ao consórcio, já foram quitados R$ 43,3 milhões, restando aproximadamente R$ 450 mil a serem pagos. O órgão classifica como “descabida” a afirmação de que a quitação com os empresários está condicionada ao valor devido pelo Dnit.

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