Em tramitação

Outras duas ações na Justiça impedem reajuste do metrô em BH

Situação na capital mineira é única, diferente de outras cidades que também têm linhas geridas pela CBTU

Qua, 24/04/19 - 15h42
Audiência de conciliação já estava marcada há dias entre CBTU e instituto que entrou na Justiça pedindo para barrar aumento de passagem | Foto: Paula Coura

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Duas ações civis públicas, ainda em tramitação na Justiça, garantem que o preço do bilhete do metrô de Belo Horizonte não seja reajustado. Por esse motivo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) ainda não conseguiu alterar o valor de R$ 1,80 para R$ 3,40.

A decisão do desembargador Carlos Moreira Alves, que garantiu o reajuste de 89% no preço das tarifas, vale para outras capitais com trens da CBTU, mas não para Belo Horizonte. 

Na tarde desta quarta-feira (24), uma audiência de conciliação entre representantes da CBTU e do Instituto de Defesa do Coletivo (IDC), já marcada há várias semanas, discute se um eventual aumento no preço do bilhete poderia ser feito de maneira gradativa.

Segundo Romeu Machado, presidente do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro) a audiência estava marcada antes mesmo da decisão na Justiça sair na última segunda-feira.

"Tínhamos protesto agendado para o início desta tarde, mas achamos prudente não fazê-lo até que se tenha um resultado desta reunião", disse Machado. 

Segundo a presidente do IDC, Lilian Salgado, não há uma previsão para o julgamento definitivo das outras duas ações, que pode acontecer a qualquer momento. "Nós já estamos tentando garantir que, se houver reajuste, ele seja de forma gradual para o usuário, e não de uma vez só", explicou. 

Sem condições de operar

Segundo a CBTU, caso o reajuste não seja deferido também nas duas ações que ainda serão analisadas, não será possível garantir que os trens continuem funcionando até o fim do ano.

"Temos uma grande defasagem de anos. Nós não entendemos porque em relação a BH o juiz não analisou todas as três ações em uma única decisão, já que elas tramitavam em conjunto. Vamos pedir que ele dê uma atenção também a esses dois processos faltantes", disse Pedro Cunto, diretor de planejamento e relações institucionais da CBTU. 

Sobre a possibilidade do reajuste gradual, pleito da audiência desta quarta-feira, ele disse que parte desses valores já teriam que entrar em vigor, com parcelas menores a curto prazo. Ele, porém, não adiantou nem os valores nem os prazos.

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