TRAGÉDIA NA BARRA DA TIJUCA

Pai de mineiro suspeito de matar a família no RJ está medicado

Idoso de 72 anos recebeu a notícia das mortes pelo genro; segundo madrasta, Nabor Coutinho era reservado e não tinha muito contato com o pai

Ter, 30/08/16 - 13h16

O pai do mineiro suspeito de matar a companheira, os filhos e se matar no Rio de Janeiro está medicado e não sabe se irá ao sepultamento do filho, que a princípio será realizado em Belo Horizonte. Em entrevista à reportagem de O TEMPO na tarde desta terça-feira (30), a madrasta de Nabor Coutinho Oliveira Junior, Maria Matilde, de 64 anos, disse que o enteado era muito reservado e vinha pouco a Minas Gerais.

“Tenho mais contato com o outro filho do meu marido. Não lembro quando foi a última vez que Nabor veio aqui. Ele era mais fechado e não conversava com muita frequência com o pai”, disse.

Segundo ela, o outro enteado que está tomando conta dos detalhes do sepultamento, mas a família ainda não resolveu se o pai vai participar. “Ele tem 72 anos, alguns problemas de saúde e depende da gente para fazer algumas coisas. Ontem (segunda), o meu genro veio aqui e deu a notícia da tragédia. Após ficar sabendo, meu marido não tocou no assunto. Às vezes chora, mas não fala nada”, explicou a dona de casa.

O idoso já tomou todos os remédios de costume e não precisou receber atendimento médico após saber do caso. Ele tem quatro filhos, sendo Nabor e um outro homem do primeiro casamento e duas filhas do atual. A mãe de Nabor morreu há anos.

Os corpos da companheira de Nabor, Lais Khouri, e dos filhos do casal, Arthur, de 7 anos, e Henrique, de 10, serão enterrados na cidade de Formiga, no Centro-Oeste do Estado.

O caso

A família foi encontrada morta por volta das 7 horas da manhã dessa segunda-feira (29) na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro.

A suspeita é que Nabor, ex-gerente de Marketing Sênior de Serviços Inovadores da operadora de telefonia TIM Brasil, teria matado a mulher, e pulado do 18º andar do Edifício Lagoa Azul, no condomínio de luxo Pedra de Itaúna, na Avenida das Américas, 11391.

As crianças teriam sido atiradas ou forçadas pelo pai a pular e também morreram. Uma carta foi encontrada no apartamento da família.

FOTO: Reprodução
Carta foi encontrada no apartamento da família

 

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