Resposta

Para governo, saída de profissionais não é por insatisfação

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 | 03:00
 
 

Representantes das escolas municipais e estaduais não atribuem as saídas dos professores das redes à insatisfação com salário, carreira e condições de trabalho. “Se fosse assim, eles não teriam feito o concurso. Quando eles se inscrevem para o processo seletivo, o edital informa a remuneração e a carga horária. Ninguém entra desinformado de quanto vai ganhar e quanto vai trabalhar”, ressalta o subsecretário de Estado de Gestão de Recursos Humanos, Antonio Luiz de Noronha.


Para ele, o índice de exonerações é muito baixo perto do tamanho da rede – 1,22% do total. Noronha diz que prefere não fazer conjecturas sobre os motivos que levam os docentes a desistir do cargo público, mas acredita que a maioria das saídas seja de profissionais que, ao serem nomeados para o cargo, já mudaram de cidade, teve incidentes ou fizeram outros planos. Só neste ano, segundo ele, foram feitas 10.230 nomeações de professores, referentes ao concurso de 2011.

Já o secretário municipal adjunto de Educação, Afonso Celso Renan Barbosa, acredita que a maior parte das exonerações seja de profissionais da educação infantil que pediram demissão para migrar para outros níveis da profissão, como os ensinos fundamental, médio e superior. “É um caminho natural na carreira”, avalia.

Planejamento. A professora de educação física Liliane Tibúrcio de Oliveira, 28, passou por essa situação. Após dois anos na rede municipal, ela deixou o cargo de concursada para se dedicar ao mestrado em educação na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Estava muito difícil conciliar o trabalho e o estudo. Então, achei mais importante me dedicar ao mestrado. Depois do curso, pretendo voltar a dar aula, mas no ensino superior”, explica. (LC)