perda cultural incalculável

Peças sacras furtadas em Ouro Preto serão procuradas pela Interpol

Imagens de três objetos levados da igreja católica em 1973 foram enviadas para a base de dados de bens procurados pela Interpol

Qui, 17/11/16 - 11h08
Peças sacras furtadas em Matriz do Pilar são procuradas pela Interpol | Foto: Divulgação / PMMG

A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) está procurando três das quinze peças sacras furtadas por criminosos da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto, na região Central de Minas, em 1973. As fotos dos objetos foram inseridas na base de dados da chamada “Lista de difusão branca", que tem o objetivo de localizar peças de alto valor que foram roubadas.

As imagens das outras 12 peças que foram subtraídas da igreja católica na mesma época não foram repassadas para a Interpol ainda, uma vez que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) não conseguiu imagens dos objetos com boa resolução. 

O comunicado sobre a inserção dos nomes das peças sacras no grupo de busca, que conta com a participação de 190 países membros da Interpol, foi feito ao MPMG. 

Além das fotos, a Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais também solicitou a inserção de informações de peças furtadas em outros municípios mineiros, como 24 peças levadas de Campanha, 16 de Oliveira, uma do Serro e uma de Milho Verde.

Furto da Matriz do Pilar

Conforme informou o MPMG, o furto a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto, na região Central do Estado, ocorreu no dia 2 de setembro de 1973. Na época, foram levadas 15 peças sacras.

A Delegacia de Furtos e Roubos de Belo Horizonte, que conduziu as investigações, mas em 1978 houve proibição, pela censura federal, segundo informou o MPMG, da divulgação de qualquer informação sobre o crime.

As investigações apuraram que as peças eram datadas do início do século XVIII, contendo grande valor artístico e econômico.

Perdas

Para a Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, o furto das peças sacras movimenta um comércio ilegal altamente rentável e o prejuízo para o patrimônio cultural é incalculável.

Conforme explicou a promotoria, o comércio clandestino de bens culturais só está atrás, em volume de dinheiro movimentado, do tráfico de drogas e de armas.

Denúncias

Quem tiver informações sobre peças sacras furtadas pode procurar a Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais pelo e-mail cppc@mpmg.mp.br, ou pelo telefone (31) 3250-4620.
 

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