Pressionando o governo

Pelo 13º, servidores estaduais de saúde entram em greve em Minas

A decisão foi tomada após assembleia realizada durante a manhã e que chegou a paralisar o trânsito na praça Sete, no centro de BH

Seg, 18/12/17 - 12h24

Os servidores estaduais de saúde de Minas Gerais decidiram, nesta segunda-feira (18), entrar em greve de forma imediata e por tempo indeterminado devido à falta de previsão do pagamento do 13º salário ao funcionalismo público. A decisão foi tomada após assembleia realizada durante a manhã e que chegou a paralisar o trânsito na praça Sete, no centro de Belo Horizonte.

Segundo o Sind-Saúde/MG, os servidores, que já vem sofrendo com parcelamentos e atrasos de salários há mais de um ano, estão indignados com tamanho desrespeito com a categoria. "São muitas as pautas que não evoluíram no governo Pimentel, muitos compromissos assumidos pelo governo que outrora se dizia popular, e que não foram cumpridos", disse o sindicato por meio de nota enviada à imprensa.

As fundações estaduais Hemominas e Ezequiel Dias tiveram paralisação com regime de escala mínima, e assembleia dos trabalhadores nos dias 13 e 14 de dezembro. Em ambas instituições, a maioria dos trabalhadores têm recebimentos acima de R$ 3.000, o que acarreta no parcelamento do salário, de acordo com a regra de pagamento escolhida pelo governo de Minas.

Na última semana, quando anunciou o pagamento do 13º para policiais civis, militares e agentes penitenciários, o governo reafirmou que aguarda aprovação do projeto de securitização da dívida dos Estados para pagar o 13º dos servidores.

Educação

Indignados com o escalonamento e a falta de informações sobre o pagamento do 13º salário, os servidores da educação também fizeram uma manifestação nesta segunda-feira (18). Organizado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação em Minas Gerais (Sind-UTE), eles se concentraram no fim da tarde na porta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e protestaram contra o governo do Estado.

Eles criticaram, principalmente, a negociação do governo com os militares na última sexta-feira (15). “Nenhuma reunião com os sindicatos do funcionalismo foi marcada, nenhum diálogo estabelecido. Este comportamento evidencia, explicita a incapacidade do governo em estabelecer um mecanismo de negociação das questões gerais do funcionalismo e o seu medo da reação do setor militar do Estado”, afirmou o Sind-UTE, em nota.

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