A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal fazem, nesta quinta-feira (5), uma operação para desarticular a atuação de uma quadrilha que usa laranjas na compra de café, em Varginha, no Sul de Minas. O esquema beneficia exportadores, que não pagam tributos ao governo. O prejuízo estimado é de R$350 milhões.
Segundo informações da PF, foram expedidos oito mandados de busca e apreensão em casas, empresas e escritórios de advocacia e contabilidade. As investigações mostraram que as firmas de exportação e torrefação envolvidas no esquema usavam empresas laranjas como intermediárias fictícias na compra do café dos produtores. A única finalidade dessas frimas fantasmas era a venda de nota fiscais, o que facilitava a sonegação de impostos.
Além disso, as empresas exportadoras conseguiam, por meio das “firmas laranjas”, créditos de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS). Esses recursos eram usados para pagar os débitos tributários das companhias reais, além de serem utilizados para requerer ressarcimento junto à Receita Federal.
O ressarcimento era indevido, uma vez que os exportadores e torrefadores não pagaram os impostos para o governo.
Nome
A operação denominada GhostCoffe ( do inglês Café Fantasma, em alusão ao uso de empresas fantasmas), conta com a participação de 22 policiais, 15 auditores e um analista da receita federal.
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