Operação Guaxinim

PF investiga superfaturamento na compra de insumos para combate à Covid-19 em MG

Suspeita é que quadrilha fornecia produtos como máscara e álcool em gel a preços acima de mercado para prefeituras de Minas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul

Qua, 21/10/20 - 09h34

A compra de materiais e equipamentos médicos com o preço muito acima ao praticado no mercado levantou a suspeita da Polícia Federal para uma possível organização criminosa na cidade de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (21) apreendeu algumas evidências que apontam para o crime de peculato, que é quando funcionários públicos desviam dinheiro ou bens para uso próprio.

Além da cidade mineira, os mandados também foram cumpridos no Rio de Janeiro e em Paty do Alferes (RJ). A suspeita é que a quadrilha fornecia produtos para prefeituras dos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

A operação denominada Guaxinim identificou que, ao longo de todo o período em que a organização criminosa fraudou as compras dos insumos, teve-se um lucro maior do que R$ 700 mil. Apesar de não revelar os envolvidos no esquema, a PF afirmou que as investigações identificaram que uma única fornecedora de máscaras cirúrgicas descartáveis e álcool etílico hidratado, indicados no combate à Covid-19, foi contratada em caráter emergencial e com pagamento antecipado para fornecer os produtos com valores até 73% acima da média do mercado.  

Ainda de acordo com a PF, os envolvidos poderão responder por peculato e, se condenados, terem penas de até 12 anos de reclusão, além de multa. O caso está em andamento na 2ª Vara Federal Cível e Criminal de Juiz de Fora.

 

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