A Polícia Civil vai indiciar nesta terça 28 pessoas suspeitas de integrar um esquema de fraude de vestibulares e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que envolvia cifras milionárias e ocorria há 20 anos (no caso do Enem, há três anos). De acordo com o delegado Antonio Junio Dutra Prado, os envolvidos serão responsabilizados por formação de organização criminosa, falsidade ideológica, fraude em certame público, falsificação em documento público e lavagem de dinheiro.
Trinta e quatro pessoas foram detidas, no mês passado, como parte da operação Hemostase II, que tinha como alvo o grupo, que atuava em ao menos cinco Estados, entre eles Minas.
Procurado nesta segunda, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que também atuou na desarticulação da quadrilha, informou que 12 pessoas ainda permanecem em prisão preventiva (sem prazo determinado).
Já o estagiário do MPMG detido no último dia 25 em Montes Claros, no Norte do Estado, continua em prisão temporária (de cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco). Os 22 candidatos às provas foram liberados mediante pagamento de fiança.
O delegado Prado ainda informou que as investigações indicam a participação de mais pessoas no esquema, sobretudo de candidatos a vagas em cursos de medicina. Segundo ele, nos próximos dias outros inquéritos serão abertos para apurar as suspeitas, e novas prisões deverão ocorrer.
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