Força-Tarefa

PM faz ações no Santa Tereza após comerciantes receberem ligações de traficantes

Viaturas especializadas são usadas para combater a criminalidade na região; além disso, a PM mantêm maior proximidade dos comerciantes por meio da rede de vizinhos protegidos

Por Alice Brito
Publicado em 18 de abril de 2024 | 19:24
 
 
Viaturas especializadas são usadas para combater a criminalidade na região; além disso, a PM mantêm maior proximidade dos comerciantes que integram a rede de vizinhos protegidos Foto: Fred Magno/ O Tempo

A Polícia Militar intensificou, nesta semana, as operações de combate ao tráfico de drogas e a criminalidade no bairro Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte. A iniciativa se deu após moradores e comerciantes da localidade, que é conhecida por reunir um grande número de bares famosos da cidade, serem atormentados por ligações de supostos traficantes' cariocas que cobravam pagamentos em troca da 'segurança' dos estabelecimentos comerciais. 

Em entrevista ao programa Direto da Redação, da rádio FM O TEMPO, o tenente Luis, do 16º Batalhão da Polícia Militar (PM), que é responsável pelo policiamento na região, salientou que as ameaças tiveram início após um assassinato que ocorreu nas proximidades de uma padaria de uma movimentada rua no bairro, nessa segunda-feira (15). Por conta do ocorrido, golpistas teriam tirado proveito do pânico que a situação gerou para 'lucrarem' de algum modo. 

E por isso, a instituição resolveu reforçar a rede de vizinhos protegidos, que já existe na região por meio de um grupo em um aplicativo de mensagens instantâneas, prestando auxílio, informação e atendimento presencial a cada comerciante do bairro. Além disso, viaturas especializadas são usadas para combater a criminalidade e o tráfico de drogas nas vilas Dias e São Vicente, ambas localizadas no bairro Santa Tereza, que há alguns meses, estariam vivendo em guerra por conta dos pontos de venda de entorpecentes.
 
"Orientamos pessoalmente cerca de 60 comerciantes sobre os golpistas. Frisamos sobre a necessidade de sermos sempre contactados pelos cidadãos quando essas ligações forem recebidas. Nosso setor de inteligência ainda busca fazer as identificações necessárias.Esses oportunistas usam os prefixos 21,31 e 65 e pegam gancho de algum fato de relevância para tentar lucrar no medo.Por isso, solicito que ninguém faça nenhuma transferência", destacou o militar.