Audiência

PM garante a deputados que já regularizou recarga de munição

Em julho deste ano, como O TEMPO noticiou, o comando da PM enviou um memorando aos batalhões suspendendo eventos comemorativos e treinamentos de militares com o uso de munição

Por Jhonny Cazzetta
Publicado em 24 de novembro de 2015 | 13:54
 
 
Foto: Assessoria ALMG

O estoque de munição da Polícia Militar já está em nível normal. Pelo menos é isso o subcomandante do centro de material bélico da corporação Juliano Cançado Dias, em audiência pública realizada na Assembleia de Minas na manhã de ontem. Em julho deste ano, como O TEMPO noticiou, o comando da PM enviou um memorando aos batalhões suspendendo eventos comemorativos e treinamentos de militares com o uso de munição.
 
De acordo com o militar, o problema casado no meio do ano foi em função de problemas financeiros de uma antiga empresa que prestava o serviço de mão de obra para a fabricação das munições para a PM. “Só tivemos avanço em 2015, com contratação de uma nova empresa. Tivemos uma guinada na produção de munição, com um aumento de um percentual de 50% a mais do número de munições obtidos no ano passado. Antes eram nove funcionários, supervisionados por militares, que realizavam este serviço. Agora, são 12. O serviço está totalmente normalizado”, garantiu o major.
 
O policial explicou que os problemas no meio do ano e as recomendações feitas no memorando foram restritas quanto ao uso nos treinamentos dos policiais. Não afetando em nada os trabalhos da PM na rua. “A nossa fabricação própria é voltada para as munições dos treinamentos. Já as munições utilizadas por policiais na rua, são compradas diretamente por uma fabricante. Elas não tiveram quaisquer restrições durante este período crítico', salientou Dias, acrescentando que a fabricação própria de munições de treinamento trarão uma economia de R$1,9 milhão aos cofres da PM.
 
Pedido. O presidente da comissão de segurança pública da Assembleia, deputado Sargento Rodrigues, informou que apesar da normatização da produção dos serviços de fabricação de munição PM, irá pedir uma revisão no planejamento de treinamentos dos militares. “Hoje a PM faz treinamento de tiros com os policiais uma vez a cada dois anos, justamente para economizar custos com munição e outros materiais. Enviaremos um requerimento às autoridades para que esse treinamento passa a ser realizando, no mínimo, anualmente. Pois só assim teremos policiais mais preparados para utilizarem as armas nas ruas”, afirmou. 
 
Relembre. O memorando – assinado pelo coronel Laércio dos Reis Gomes, que responde interinamente pela chefia do Estado-Maior – afirmava que a recomendação era  necessária porque o estoque da munição nas unidades da PM estava  em estado “crítico”. “A DAL (Diretoria de Apoio Logístico) foi obrigada a reduzir a produção de munição recarregada, mantendo o estoque mínimo capaz de suprir apenas a demanda já preestabelecidos”, disse a mensagem, na época.