PLÁGIO

Polícia apreende falsificações de obras de artista mineiro em BH

Artista mineiro conhecido internacionalmente teve várias obras plagiadas e vendidas na região Centro-Sul da capital; suspeitos já foram identificados e teriam ligação próxima com pintor

Ter, 07/01/14 - 15h35

A Polícia Civil apresentou na tarde desta terça-feira (7) as pinturas falsificadas que foram apreendidas durante investigações de plágio na capital. A vítima, o artista plástico mineiro Fernando Vignoli, conhecido internacionalmente, acionou a polícia após diversas pessoas o alertarem de que obras idênticas às dele estavam sendo comercializadas no bairro Luxemburgo, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

As 14 obras apreendidas por violação de direito autoral foram apresentadas na sede do Departamento de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio. De acordo com o delegado César Matoso, que está a frente das investigações, três pessoas que estão envolvidas diretamente com o crime já foram identificadas, mas ainda não terão seus nomes divulgados. Eles só terão as prisões decretadas após o resultado da perícia que irá comprovar as falsificações e a conclusão do inquérito, que deve sair em 30 dias.

Ainda de acordo com o delegado, os suspeitos tinham ligações com o cenário das artes. O trio era formado por um pintor, responsável pelas imitações, e duas outras pessoas que eram responsáveis por comercializar as obras falsificadas.

As obras eram expostas no bairro Luxemburgo e chegaram ao conhecimento do artista após amigos, clientes e investidores dele falarem sobre as pinturas. As investigações começaram na última sexta-feira (3) quando o artista denunciou o plágio à polícia. No domingo (5) a polícia expediu um mandado de busca e apreensão e descobriu dois atelieres utilizados pelos suspeitos para a produção e comércio das obras. Um deles no próprio Luxemburgo e o outro na Savassi.

De acordo com o advogado de Vignoli, o trio tem uma ligação muito próxima ao artista, o que facilitava o entendimento das técnicas produzidas por ele. Ainda segundo o advogado, características próprias de Vignoli como o jeito de fazer os planos de fundo e os segmentos áureos, eram copiadas da mesma forma que o artista assimilava.

A polícia ainda não sabe se as pessoas que compravam as obras sabiam que eram imitações ou se as pinturas tinham a assinatura de Vignoli falsificada. "Eu espero que essas pessoas que adquiriram as obras procurem a gente para dar essa informação", disse o delegado. 

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