"Gatos loucos Verdel" é a marca da maconha vendida pelos traficantes da Vila Aparecida, no Aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, apreendida por policiais militares da 127ª Cia do 22º Batalhão da Polícia Militar, que desencadeou na manhã desta segunda-feira (14) a operação Êxodos, em referência ao versículo da Bíblia que diz "não matarás".
As buchas de maconha, que têm como logo o desenho de um gato com olhos avermelhados, estavam escondidas dentro de canos e em buracos de paredes em um beco do aglomerado, junto com mais de 40 pinos de cocaína de tamanhos variados e também pedras de crack.
A PM chegou à droga depois de denúncia anônima de moradores. Ninguém foi preso.
A segunda fase da operação Êxodo foi desencadeada às 7h30 desta manhã para combater crimes como homicídios, tráfico de drogas e porte ilegal de armas.
Os 40 policiais envolvidos circulam por ruas e becos do aglomerado para cumprir 22 mandados de busca e de apreensão de adolescentes em conflito com a lei e para cumprir 15 mandados de prisão expedidos pela Justiça contra criminosos. Os PMs também estão apurando 13 denúncias anônimas de moradores.
De acordo com o comandante do Grupo Especializado em Patrulhamento em Área de Risco (GEPAR), tenente Mauro Lúcio, o aglomerado da Serra tem oito vilas e sete gangue de traficantes. Os criminosos, segundo ele, costumam colocar nomes nas suas drogas e até mesmo selo de qualidade, "que de qualidade não tem nada", segundo ele.
A embalagem da maconha "Gatos Loucos" já vinha com a seda para enrolar o cigarro de maconha.
"Durante as operações, os policiais recebem muitas denúncias anônimas dizendo onde as drogas estão escondidas", disse o tenente. Pequenos buracos nos muros, canos e bueiros são usados como depósitos de drogas para os "aviõezinhos", como são chamadas as pessoas que praticam a venda de drogas.
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