Aeronáutica

Polícia Civil confirma pelas digitais que corpo era de tenente

Informação foi confirmada nesta sexta-feira (21) pelo irmão da tenente e, também, pela Polícia Civil

Por JOSÉ VÍTOR CAMILO
Publicado em 21 de novembro de 2014 | 15:16
 
 
Instituto de Criminalística conseguiu confirmar nesta sexta-feira (21) que o corpo era da tenente

Após mais de seis angustiantes meses, a família da tenente da Aeronáutica Mírian Tavares, de 42 anos, finalmente conseguiu a confirmação de que o corpo encontrado no último dia 12 de novembro em Itabirito, na região Central do Estado, era mesmo da militar, que estava desaparecida desde o dia 3 de maio deste ano. O irmão da mulher, Rique Tavares, confirmou por telefone que a identificação do corpo foi feita pelas digitais.

"Disseram que agora só estão finalizando a autópsia e que pode ser que o corpo seja liberado até a próxima sexta-feira (28)", explicou. O familiar informou ainda que voltará para a Varginha, no Sul do Estado, até a liberação. "Voltei para trazer alguns materiais para ajudar na identificação e acabei recebendo a notícia. Já conversei com o delegado e agora estou indo embora", finalizou.

A informação também foi confirmada pela assessora de imprensa da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida Talita Lane. "Agora temos que determinar a causa da morte. O resultado da autópsia pode sair dentro de até 30 dias", explicou.

O carro da tenente foi localizado pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) no último dia 12  em uma ribanceira às margens da BR-356, próximo à Serra de Itabirito. A cerca de 50 metros do veículo foi encontrado uma ossada, sendo que apenas parte do corpo ainda não havia sido decomposto. Documentos em nome da tenente também foram encontrados próximos ao veículo, segundo os Bombeiros Municipal de Itabirito.

Relembre o caso

No dia 3 de maio deste ano, Mírian saiu do apartamento, no Prado, região Oeste de BH, deixando para trás roupas, objetos pessoais e celular. A mulher pegou apenas a carteira militar e a carteira de motorista.

Ela deixou uma carta no imóvel em que, segundo a irmã Beatriz Rodrigues Tavares, escreveu que estava muito triste, mas não sabia o motivo. “Pensamos que ela pegaria a estrada para espairecer, como estava acostumada a fazer algumas vezes, e voltaria para casa, mas isso não aconteceu”, explicou Beatriz na época.

Além disso, conforme familiares, nos meses que antecederam o sumiço, a tenente apresentava um comportamento diferente. Na Páscoa, última vez que a militar esteve em Varginha para visitar os familiares, Beatriz notou que a irmã estava muito calada. Ela foi questionada se teria acontecido alguma coisa, mas disse que estava tudo bem.

Mírian é uma pessoa muito reservada, e a família não tinha conhecimento de nenhum envolvimento amoroso da tenente.