CRIME EM DIVINÓPOLIS

Polícia Civil esclarece morte de homem jogado em rio e indicia três

Funcionário público Gilberto Castanheira Mendonça, de 36 anos, foi jogado ainda vivo no rio Pará, após ter as mãos e pés amarrados e a boca amordaçada; três homens foram indiciados pelo crime, um deles continua foragido

Ter, 01/12/15 - 15h43

A elaboração do retrato falado de um suspeito de estelionato foi o marco para o esclarecimento do assassinato do funcionário público Gilberto Castanheira Mendonça, de 36 anos, encontrado morto às margens do rio Pará, em Conceição do Pará, região Centro Oeste do Estado. A união de esforços entre o Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Delegacia Regional de Divinópolis resultou no indiciamento de três pessoas pelo envolvimento no crime, que aconteceu no dia 26 de dezembro de 2013, em Divinópolis.

Jadson Pinto Alves, de 26 anos, foi preso em Divinópolis, no dia 18 de novembro deste ano, pela equipe da Delegacia Especializada em Homicídios Sul. Já o seu tio, Vanilson Carlos Alves, de 38, teve o mandado de prisão cumprido na última segunda-feira (30) em um hospital da capital, onde estava internado após ser atingido na cabeça por quatro disparos de arma de fogo.  Um terceiro envolvido no crime, Marcos Vinicius Alves, de 21 anos, irmão de Jadson, continua foragido.

Segundo o delegado Felipe Forjaz, após o crime, o trio viajou para Belo Horizonte e se hospedou em uma pensão administrada por José Carlos Souza Correia. Com ele, a polícia localizou o cartão bancário de Gilberto, o qual estava sendo utilizado em diversos estabelecimentos da capital. Foi por meio dele que a polícia chegou aos envolvidos no homicídio de Gilberto. José Carlos está preso temporariamente e irá responder pelo crime de estelionato.

O delegado Marco Antônio Noronha, da Delegacia Regional de Divinópolis, ressalta a comoção gerada na cidade em virtude da morte de Gilberto e a complexidade do trabalho técnico-investigativo, exitoso sobretudo pela união das unidades da Polícia Civil em Belo Horizonte e Divinópolis.

O crime

Na noite do dia 26 de dezembro, Gilberto, que estava parado próximo a sua casa, foi abordado pelos três suspeitos e obrigado a entrar no próprio carro, conduzido então pelos investigados. A vítima foi forçada a fornecer o cartão bancário e senha aos suspeitos. Durante o percurso, o trio utilizou o cartão de Gilberto para realizar compras em diversos estabelecimentos, sobretudo de combustível e bebidas alcoólicas.

Enquanto a vítima estava amarrada no porta-malas do carro, os três envolvidos no crime foram ainda à casa de um inimigo e efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra o muro da residência do rival. Durante a madrugada, os investigados decidiram, então, matar a vítima. A polícia considera a possibilidade de o funcionário público ter sido jogado ainda vivo em um rio da região, após ter as mãos e pés amarrados e a boca amordaçada. O carro de Gilberto foi abandonado e queimado pelos suspeitos.

Os três investigados possuem vasto histórico criminal, incluindo estupro, tráfico de drogas, lesão corporal e roubo. Em virtude da morte de Gilberto, eles irão responder por extorsão com privação da liberdade (sequestro relâmpago) e morte da vítima.

Retrato falado
              
Uma das etapas no processo de investigação consistiu na elaboração do retrato falado de José Carlos Souza Correia, fundamental na identificação e prisão dos três envolvidos no homicídio de Gilberto. O trabalho, realizado pelo investigador da Delegacia Especializada em Homicídios Noroeste, Alexandre Dietz, foi elaborado com a colaboração de uma testemunha, que descreveu as características físicas do suspeito.

Com 23 anos de polícia, o investigador é responsável por cerca de mil retratos falados. “O trabalho realizado pelo investigador Dietz tem se mostrado fundamental na qualificação e captura de diversos autores de crimes. Entre os retratos falados elaborados pelo policial está o de Marcos Antunes Trigueiro, de 32 anos, conhecido como "maníaco de Contagem", acusado pelo assassinato de cinco mulheres entre 2009 e 2010”, destaca o chefe da Divisão Especializada de Investigação de Crimes Contra a Vida, Luiz Flávio Cortat.

Com informações da assessoria da Polícia Civil
 

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.