Segurança

Polícia estuda instalar câmeras para vigiar unidades

Aparelhos seriam colocados apenas nas delegacias que não guardam objetos de valor ou armas

Por José Vitor Camilo
Publicado em 26 de novembro de 2014 | 04:00
 
 
Teste. Delegacia de Mulheres passou a ser monitorada por câmeras, liberando policiais para serviço Alex de Jesus - 25.6.2014

A Polícia Civil de Minas Gerais estuda usar monitoramento por câmeras e alarmes para substituir a utilização de policiais como vigias de delegacias que não mantenham estoques de armas, drogas e dinheiro apreendidos pela corporação. Um projeto piloto já está em andamento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, no Barro Preto, na região Centro-Sul da Capital. Na unidade, quatro policiais que faziam a vigilância foram substituídos pelos equipamentos e passaram a atuar na investigação de crimes.

Conforme a delegada Tânia Darc, chefe do Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família, o objetivo é aproveitar ao máximo os servidores. “O Estado gasta muito pagando servidores para tomar conta de prédios, quando esses policiais poderiam ajudar a investigar e esclarecer delitos”, explicou.

No projeto, as imagens das câmeras são enviadas para uma central, onde, no menor sinal de irregularidade, uma viatura será acionada para averiguar o prédio público. “Claro que não podemos deixar bens de valor apreendidos ficarem à mercê de bandidos. Por isso, somente delegacias que possuem patrimônio considerado normal poderão passar por essa mudança”, disse Tânia Darc.

Procurada, a Polícia Civil informou que não há qualquer decisão da corporação no sentido de desguarnecer as unidades policiais da devida vigilância, serviço executado ora por servidores, e ora por câmeras de segurança.