Portas fechadas

Polícia Militar cerca shopping popular em operação no centro de BH

Centro comercial só abriu as portas depois dos trabalhos da operação, às 11h20; ação é para coibir venda de tênis pirata da marca Nike

Por Fernanda Viegas
Publicado em 28 de junho de 2016 | 08:08
 
 
Vendedores fecham a avenida do Contorno, já que não podem trabalhar Uarlen Valério/O Tempo

A Polícia Militar de Minas Gerais cercou o shopping Oiapoque, no centro de Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira (28). O trabalho é comandado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com o objetivo de coibir a venda de tênis pirata da marca Nike.

De acordo com informações da assessoria de imprensa da PM, os servidores estiveram em operação, cumprindo sete mandados de busca e apreensão. O centro comercial só foi aberto às 11h20, quando os trabalhos foram concluídos. 

Conforme o tenente Reginaldo Silva, do 1º Batalhão da PM, 35 militares atuaram na operação. O material apreendido ficou a cargo do MPMG.

Assista a entrevista feita pelo repórter fotográfico Uarlen Valério:

A operação contou com a participação de membros e servidores do MPMG, da Polícia Civil, por meio do Instituto de Criminalística e Departamento de combate da fraudes contra propriedade intelectual, da Polícia Militar de Minas Gerais, da Secretaria de Estado da Fazenda, do Corpo de Bombeiros do estado e de representantes de marcas.

Segundo a assessoria do MPMG, a finalidade da ação foi identificar e apreender produtos, especialmente tênis, com indícios de falsificação. De acordo com os promotores de Justiça que coordenam o grupo interinstitucional, a prática ofende não só direitos patrimoniais das empresas atingidas, mas, principalmente, dos consumidores, em função da oferta de produtos impróprios e potencialmente lesivos, inclusive, à saúde dos usuários.

A operação foi deflagrada após concessão de mandados de busca e apreensão pelo Juízo da Vara de Inquéritos Policiais, que deferiu pedidos feitos pelo MPMG e marcas em litisconsórcio ativo, sendo que a ação cautelar foi ajuizada após representação da Ápice junto à Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor e novos levantamentos feitos pela polícia de pontos específicos que comercializavam os produtos objeto da investigação.

Os responsáveis pelo comércio serão identificados e ouvidos em investigação que será conduzida pela 4ª Delegacia de Fraudes da capital.

A reportagem de O TEMPO presenciou um início de tumulto provocado por lojistas não investigados. Eles tentaram forçar a entrada, não permitida pela polícia.

Eles também fecharam a avenida do Contorno, por alguns minutos, em protesto. O tráfego ficou lento na região.

FOTO: Uarlen Valério/O Tempo
Vendedores fecham a avenida do Contorno, já que não podem trabalhar

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