Frequentadores do bairro Gutierrez afirmaram que a Polícia Militar agiu com violência contra cerca de 3 mil pessoas, inclusive em crianças, que estavam reunidas na praça Leonardo Gutierrez, no bairro Gutierrez, região Oeste da capital. A confusão ocorreu na noite deste domingo (19), por volta das 19h30. No local, mais cedo, havia acontecido o desfile do Bloco Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro.
O ambulante Paulo Ferreira foi atingido por uma bala de borracha no pescoço. "A polícia não deveria ter agido assim, precisaria de no mínimo diálogo", afirmou o ambulante, que perdeu a credencial da Prefeitura no meio do tumulto.
Veja vídeo enviado pelo estudante de jornalismo Thomaz Albano a O TEMPO
A publicitária Paula Renata Alves, 42, que estava no local, afirmou que tudo ocorreu repentinamente. "De repente, vi policiais e viaturas vindo em direção às pessoas que estavam no local", contou.
De acordo com Rodrigo Cataldi, 33, proprietário do bar e restaurante Boi Ibirra, próximo do local, a PM ameaçou jogar bomba dentro do estabelecimento dele. "O policial chegou ainda a me ameaçar, dizendo que me atropelaria com a moto", afirma.
Segundo o tenente Márcio da Polícia Militar, que não quis se identificar com o segundo nome, a ação ocorreu por causa de ocorrência de brigas no local. "O pessoal do bairro solicitou apoio da polícia. O evento passou do limite, e as pessoas não foram embora, e, por isso, houve dispersão", afirmou.
De acordo com os moradores, porém, o evento estava muito tranquilo e não havia brigas nem confusões até a PM chegar.
O organizador do bloco, Matheus Brant, afirmou que a dispersão do bloco ocorreu às 16h, e que ele e restante do bloco deixaram o local logo em seguida.
Veja como foi nossa transmissão ao vivo sobre o caso
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