Atenção, vítimas!

Polícia recupera cem notebooks furtados em BH e procura pelos donos

Quatro pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na divulgação dos produtos em sites de venda e compra

Qua, 20/03/19 - 13h47
Polícia procura pelos donos dos aparelhos recuperados | Foto: Douglas Magno/O TEMPO

A Polícia Civil conseguiu recuperar cerca de cem notebooks que foram furtados em Belo Horizonte entre setembro e dezembro do ano passado. Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (20), a corporação informou que 40 vítimas já foram identificadas, mas ainda faltam 60 donos dos equipamentos.

O material foi encontrado após a desarticulação de uma quadrilha especializada na venda dos produtos pela internet. "As investigações iniciaram depois que um músico, em dezembro do ano passado, registrou um boletim de ocorrência relatando que havia sido furtado dentro do carro, sendo levado os equipamentos musicais e o notebook contendo muitas mídias dele", explicou a delegada Fernanda Fiuza, responsável pelo inquérito.

Segundo ela, durante as investigações, os policiais chegaram às pessoas que estavam revendendo o notebook do músico em sites de compra e venda. A equipe negociou com um dos suspeitos e, em janeiro deste ano, a polícia conseguiu chegar até uma mulher de 21 anos, que tinha como função fazer os anúncios, negociando os valores e entregando os equipamentos. 

"Além dela, os policiais localizaram o companheiro da investigada, que era o chefe da organização, o sócio dele, que ficava por conta de resetar os dados do notebook. Com isso, o computador chegava com aspecto em uso, mas praticamente novo. Inclusive embalado. Essas vendas ocorreram para vários lugares, como São Paulo e Pernambuco. Nós ainda não conseguimos calcular todo o valor, mas eles faturava em média R$ 60 mil por mês", afirmou a delegada.
Um outro homem, de 19 anos, suspeito de falsificação de documentos também foi preso.

Regiões dos furtos

De acordo com a Polícia Civil, pelas informações das vítimas já identificadas, os furtos aconteciam mais nas regiões Leste, Sul e Centro da capital mineira. Em 90% dos casos, os criminosos pegavam as mochilas com os equipamentos dentro de veículos que estavam estacionados. 

"Nós conseguimos desarticular um dos braços desse esquema, mas ainda investigamos que são as pessoas que realizavam os furtos e se o receptor passava os equipamentos também para outros grupos. Acreditamos que no desenrolar das investigações outros crimes podem aparecer", detalhou a delegada.

Quem teve algum equipamento furtado em Belo Horizonte pode procurar a 1ª Delegacia Centro, localizada na rua Conselheiro Rocha, 321, no bairro Floresta. É necessário levar alguma documentação que comprove a posse do possível aparelho, como nota fiscal. O telefone para informações é o (31) 3219-2339.

Prazo para pegar equipamentos na delegacia

Muitas das vítimas não fazem boletim de ocorrência após um furto ou roubo, o que dificulta na localização delas caso o produto seja recuperado pela polícia.

As vítimas que tiveram os equipamentos furtados e, caso eles estejam na delegacia, deverão retirar os notebooks em dez dias. “Vamos colocar esse prazo porque temos que encaminhar esse material à Justiça para acompanhar o procedimento policial. Quem não fez B.O vai ter que provar a propriedade”, explicou o chefe do 1º Departamento, delegado Wagner Sales.

Uma das dificuldades da polícia em devolver os equipamentos recuperados é justamente a falta dos boletins de ocorrências. “É importante ressaltar a necessidade que vítimas façam os devidos registros dessas ocorrências. Isso implica em deslocamento de viaturas para esses lugares com grande incidência de crime e facilita a localização desses materiais e a restituição para as vítimas através de nota fiscal ou registro técnico se encontra no próprio equipamento”, finalizou Sales. 

Veja o vídeo da delegada Fernanda Fiuza explicando a importância de fazer o registro policial:

 

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.