Centro-Sul

Policial mata a mulher na Serra, foge de PMs, é baleado e morre

Investigador deu três tiros na mulher dele, fugiu em alta velocidade, trocou tiros com a PM, bateu o carro, foi baleado e morreu

Sex, 09/10/20 - 21h13
Policial foi baleado por militares na avenida do Contorno | Foto: Frederico Sasso/ Divulgação

Um investigador da Polícia Civil, de 36 anos, matou a mulher no bairro Serra, região Centro-Sul de Belo Horizonte, na noite desta sexta-feira (9). Vinícius Oliveira da Silveira fugiu do local, foi perseguido pela Polícia Militar, bateu o carro, trocou tiros com os militares, foi baleado e morreu. 

De acordo com a Polícia Militar, após uma discussão entre o casal, o suspeito deu três tiros na mulher, pegou o carro, um Honda Civic preto, e saiu em alta velocidade. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Após o crime, a Polícia Militar foi acionada. 

Uma viatura perseguiu o suspeito que atirou contra a guarnição e continuou fugindo. Depois, o investigador perdeu o controle do carro e bateu em um muro na avenida do Contorno com rua Juiz da Costa Val, no bairro Santa Efigênia, na mesma região. Mesmo após o acidente, ele desceu do veículo e atirou contra os militares que estavam em uma viatura. Houve troca de tiros e o policial civil foi baleado. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, mas não resistiu e morreu.

"A Polícia Militar foi acionada para uma ocorrência da Lei Maria da Penha, onde o marido tinha matado a mulher em um boteco próximo a Serra. Quando a PM chegou, foram passadas as características do veículo. Pessoal do 22º Batalhão da PM conseguiu encontrar e fazer a abordagem. O condutor atirou nos policiais, que conseguiram se proteger, houve uma troca de tiros. Os policiais avisaram no rádio sobre o ocorrido, e o pessoal do Batalhão Rotam (Rondas Táticas Metropolitana) conseguiu também fazer a abordagem do suspeito, que atirou novamente. Um nova troca de tiros aconteceu. Os militares vêem que o policial civil foi atingido, e ele morre", explicou o major Flávio Santiago, chefe da assessoria de imprensa da Polícia Militar.  

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que "a equipe de plantão do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) esteve na av. do Contorno, onde houve o acidente de carro envolvendo o policial civil e a troca de tiros e segue para o bar, no bairro Serra,  onde uma mulher foi morta. Um outro policial faz os levantamentos no HPS João 23, para onde o investigador foi socorrido. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu. A perícia foi acionada para comparecer tanto no bar, quanto no local do acidente onde, de acordo com as primeiras informações, houve a troca de tiros, na avenida do Contorno. Outras informações serão divulgadas em momento oportuno".

Suspeito já tinha agredido a mulher em junho 

A reportagem de O TEMPO apurou que o suspeito já tinha agredido a mulher em junho deste ano. A mulher de 40 anos fez um registro na Polícia Militar dizendo que foi ameaçada pelo companheiro na casa do sogro. Na versão dela, após uma discussão, o policial civil tentou enforcá-la e deu uma mordida em seu nariz. 

Ela disse que gritou por socorro e que o sogro ajudou a apartar as agressões. Na época ela foi ameaçada de morte pelo suspeito que disse que não tinha nada a perder e que daria dois tiros no rosto dela. A mulher saiu da casa, foi a polícia e pediu medida protetiva, além de fazer um exame de corpo e delito. Na época a mulher informou que o casal tinha um filho de 3 anos. 

 

 

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