Polícias prendem 16 pessoas que vendiam carros roubados em Minas

Integrantes de organizações criminosas que traziam de São Paulo para Varginha e Elói Mendes, cidades do Sul de Minas, veículos e peças provenientes de roubo, furto ou de fraudes contra seguradoras foram presos na manhã desta terça-feira (28) durante duas operações conjuntas entre as polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal.

Batizadas de Frankenstein e Calhambeque, as investigações, coordenadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apontaram que os bandidos vendiam os automóveis e as peças em lojas desses dois municípios mineiros.

Ao todo, 16 pessoas foram presas durante as operações, entre elas, três policiais civis que passavam aos outros criminosos das quadrilhas informações privilegiadas sobre investigações da corporação.

O MPMG não informou a identidade dos bandidos, nem o local onde cada um deles foi preso. Contudo, o ministério confirmou que as operações ocorreram em São Paulo, Varginha, Elói Mendes e Três Pontas, também no Sul de Minas. Além das prisões, os policiais cumpriram 16 mandados de busca e apreensão nos mesmos municípios.

Os investigados foram denunciados pelos crimes de receptação qualificada, estelionato, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, organização criminosa, embaraço às investigações e corrupção passiva.

De acordo com o Gaeco, os crimes envolvendo veículos cometidos pelas quadrilhas “fomentam a prática de delitos extremamente graves como roubos e latrocínios, além de influenciarem negativamente nos valores das apólices de seguro”. A Confederação Nacional de Empresas de Seguros estima que, apenas em 2016, os sinistros fraudulentos tenham causado prejuízos de R$ 520 milhões.

Participaram das operações três promotores de Justiça, 79 policiais militares, 45 rodoviários federais e 20 civis, que contaram com 45 viaturas e uma aeronave da PM.