Protesto

População de BH e Contagem deve ficar sem metrô nesta sexta-feira

Sindicato dos Metroviários confirmou paralisação de 24h. Categoria protesta contra o projeto que regulamenta a terceirização e o plano Levy de ajustes ficais

Qua, 27/05/15 - 13h44

O metrô vai parar a partir da 0h da sexta-feira (29). O sindicato dos Metroviários de Minas Gerais confirmou a manifestação da categoria que critica a aprovação do Projeto de Lei de Terceirização PLC 30/2015, em tramitação no Senado e o chamado Plano Levy de ajustes fiscais, que altera regras de benefícios previdenciários e trabalhistas como a pensão por morte, o abono salarial e o seguro-desemprego. O protesto atende a um chamado das Centrais Sindicais que fará uma mobilização nacional no mesmo dia. 

A paralisação, em Minas, segundo o SINDIMETRO-MG vai durar todo o dia, e o funcionamento do metrô  só deve ser retomado no sábado (30). Portanto, a população de Belo Horizonte e Contagem que utiliza esse meio de transporte deve buscar outras alternativas de locomoção.

A assessoria de comunicação do sindicato informou que faixas foram afixadas nas estações, e uma panfletagem será feita na tentativa de que a população compreenda os motivos da paralisação, que vai durar 24h. Em Minas Gerais são mais de 1.000 funcionários efetivos no sistema metroviário, que após a mobilização das Centrais Sindicais pretendem iniciar campanha salarial. 

A reportagem de O Tempo entrou em contato com a assessoria de imprensa da Companhia Brasileira de Trens Urbanos-CBTU, responsável pelo sistema que emitiu nota, na qual afirma ter tomado medias judiciais para tentar suspender a paralisação:

A CBTU Belo Horizonte informa ter sido comunicada, nesta quarta-feira (27/5), pelo Sindicato dos Metroviários de Belo Horizonte, que, reunido em Assembleia, na noite da última terça, deliberou pela paralisação de 24h, a partir da 0h, desta sexta-feira (29/5).

A Companhia informa ainda que ajuizou Ação Cautelar perante o Tribunal Regional do Trabalho requerendo que seja determinada a suspensão da paralisação programada ou o cumprimento do disposto legal que estabelece a manutenção de escala mínima para as atividades consideradas essenciais, como é o caso do sistema metroviário.
 
A paralisação dos metroviários não tem relação com nenhuma negociação salarial, restringindo-se à manifestação contra Projeto de Lei da Terceirização (PL 4330/PLC 30), medidas provisórias e o ajuste fiscal.
 
Se confirmada a paralisação geral, o movimento prejudicará cerca de 220 mil usuários passageiros que utilizam o sistema de metrô diariamente, comprometendo o deslocamento das pessoas e gerando prejuízos à população.
 

Atualizada às 14h37

 

 

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