Dia a dia

População deve estar atenta para agir contra as queimadas

Não utilizar o fogo para poder limpar as margens das rodovias está entre algumas das orientações

Seg, 29/08/16 - 03h00
Dica. Umas das recomendações da Semad é não realizar a queima de lotes para acabar com o mato | Foto: LINCON ZARBIETTI / 14.10.2014

Todos os anos, principalmente entre os meses de junho e dezembro, há algo que costuma chamar bastante a atenção e aparecer em diversas notícias: as queimadas. A vegetação mais seca, o aumento da temperatura na primavera e ações irresponsáveis das pessoas acabam compondo uma mistura letal para o meio ambiente.

O quadro é preocupante, embora esteja havendo um declínio em relação aos números de ocorrências graças aos esforços de entidades, como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), e da própria população. Para se ter uma ideia, de acordo com um levantamento da pasta, a média de incêndios florestais em Unidades de Conservação Estaduais nos meses de agosto dos últimos cinco anos foi 144. Em agosto de 2016, até o fechamento do boletim, foram registrados 91. Em relação aos focos de calor, a queda é ainda maior: foi verificada uma média de 1.513 nos meses de agosto dos últimos cinco anos, enquanto no mesmo período deste ano, até o fechamento do boletim, foram detectados 673.

Cuidados. Para que esse quadro se torne cada vez mais positivo e as queimadas possam, enfim, virar apenas história, é preciso que todos se conscientizem e adotem uma atitude que seja de respeito ao verde. Segundo a Semad, há muito que se pode fazer para combater o problema. Entre as orientações que a pasta dá para os produtores rurais, por exemplo, estão: não utilizar fogo para a queima de pastagens, lixo, folhas e restos de construção próximo a áreas verdes sem aceiro; deixar os restos de poda no terreno sem realizar a queima, já que eles ajudarão o solo a reter a umidade por mais tempo; não soltar fogos de artifício em áreas próximas de campos e matas; não se descuidar do fogo e somente deixar a área após a certificação de que tudo foi apagado; entre outros.

Quem mora perto das unidades de conservação, além de seguir as mesmas orientações que são dadas aos produtores, deve também: não utilizar o fogo para limpar as margens de rodovias; não realizar a queima de lotes para eliminação da vegetação; e ficar bastante atento aos sinais de queimadas. Além disso, é necessário denunciar as ocorrências de focos para a Força-Tarefa Previncêndio, no número 0800 283 2323, ou para o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, discando 193.

Medidas. Para que essas ações sejam bem recebidas e tomadas de uma maneira que seja assertiva, a Semad conta com atuações diversas. Um exemplo disso é a Ação Comunitária Ambiental Previncêndio (Acap). Por meio dela, são realizadas atividades nas unidades de conservação que abrangem os produtores rurais locais, as comunidades, entre outros. Dessa forma, são reduzidos os conflitos que possam existir quando há a implantação das unidades de conservação e também por causa de algumas incompatibilidades de uso que venham a surgir. A educação ambiental é muito focada nesse tipo de ação, promovendo os ideais de preservação.
Durante o período que é considerado crítico, há, ainda, um plantão realizado diariamente nas salas de atendimento da Força-Tarefa Previncêndio. Lá é realizada a gestão de informações a respeito dos incêndios que estão acontecendo, dando, assim, o apoio aos combates.