Véspera de paralisação

Postos de combustível de BH registram fluxo normal neste domingo

Ameaça de greve dos caminhoneiros não gerou corrida dos motoristas às bombas

Dom, 31/10/21 - 22h29
Apesar da ameaça de greve, postos estavam vazios neste domingo (31) | Foto: Videopress Produtora

Movimentação tranquila de veículos e reservatórios cheios. Este é o cenário dos postos de combustíveis em Belo Horizonte neste domingo (31), véspera da ameaça de greve dos caminhoneiros. O  Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG) já sinalizou que não vai aderir a paralisação.

Ainda assim, a reportagem de O TEMPO percorreu estabelecimentos na capital, conversou com motoristas e gerentes de postos para saber qual era a expectativa da população para esta nova paralisação.

Localizado em uma das vias mais movimentadas da capital, um posto de combustível na Av. Amazonas, no bairro Nova Suissa,  não registrou formação de filas.  "Notamos apenas um fluxo normal de carros abastecendo, devido à movimentação do feriado e deste domingo’, conta André Silva, gerente do posto.  

Por volta das 9h, um caminhão tanque de capacidade de 30 mil litros abastecia o reservatório do posto. Um novo fornecimento, de 15 mil litros de combustível, ocorre ainda neste domingo, às 14h. De acordo com o gerente, as duas entregas são suficientes para um dia e meio de operação do posto, que possui fluxo médio diário de 450 veículos.  

Ainda segundo Silva, ele não está preocupado com greve dos caminhoneiros, uma vez que o Sindtanque-MG não aderiu a paralisação dos caminhoneiros.  

No bairro Gutierrez, na avenida Francisco Sá, o fluxo intenso de veículos estava dentro do previsto para o de domingo, segundo relatou um frentista do posto. No local, um caminhão tanque de 30 mil litros fazia o abastecimento dos reservatórios.

Povo fala

"Não estou preocupado. Para mim essa greve é só especulação, estão forçando a barra por causa dessa questão da greve e a gente ainda está assustado por causa daquela que teve uns anos atrás. Mas, por enquanto, não temos indícios de que eles vão parar da mesma forma" 

Tiago Pereira, 43 anos, psicólogo

"Devido às consequências do nosso dia-a-dia , com os aumentos e juros excessivos, a gente fica assustado. Mas eu até apoio a paralisação, mas não acho que é só os caminhoneiros que deveriam fazer, nós, motoristas, e todos os cidadãos, também. A política externa é uma, eu não recebo em dólar e o combustível é taxado na moeda estrageira. Poderia fazer um regime interno para que o preço no país seja melhor para nós, brasileiros, que estamos trabalhando todo dia"

Marco Túlio Lage, 37 anos, motorista de aplicativo

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