Após denúncias de familiares de que detentos do Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, iniciaram uma greve de fome por causas de supostas agressões de agentes penitenciários, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou, na tarde desta segunda-feira (19), que os detentos da ala ímpar da unidade prisional voltaram a se alimentar após recusarem o café da manhã.
"Nós temos um grupo de familiares dos presos com 120 integrantes e, nas últimas duas semanas, vários parentes relataram que eles estão sendo agredidos com chineladas no rosto, com cachorros da raça Pitibull avançando nos presos. Alguns, não tomam banho de sol e ainda têm sabão em barra colocado na boca e desinfetante jogado no corpo", explicou a irmã de um preso, sob anonimato.
Ainda segundo ela, os detentos não estão recebendo o kit básico de higiene que é levado pela família. Eles também estariam sem direito à visita íntima, que acontece durante a semana.
"Sem o kit, eles não conseguem fazer a barba. Aí são castigados porque não fizeram. Algumas famílias já procuraram a equipe dos Direitos Humanos e vão buscar ajuda também no Ministério Público. Queremos uma solução", afirmou a mulher.
Por meio de nota, a Sejusp afirmou que as denúncias de agressões são apuradas, e que a atuação de agentes na unidade prisional conduzindo cães faz parte dos procedimentos operacionais de segurança e é regulamentada pelo Regulamento e Normas de Procedimento do Sistema Prisional de Minas Gerais (ReNP).
Em relação às visitas íntimas, a pasta informou que não houve suspensão do benefício, assim como, ainda de acordo com o comunicado, não procede as denúncias da falta de distribuição do kit básico de higiene.
Denuncie
Denúncias podem ser realizadas através da Ouvidoria do Sistema Penitenciário pelo telefone 162 e por meio do site www.ouvidoriageral.mg.gov.br
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