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Professora que recebeu o vigia relembra como foi a tragédia

"Ele entrou, ficou na beirada da porta mesmo e despejou a gasolina ou álcool. Eu gritei: que isso 'seu' Damião", relembra, com muita tristeza, Maria Nicelia

Sáb, 07/10/17 - 17h37

A lembrança da chegada do vigia Damião Soares dos Santos, de 50 anos, à creche "Gente Inocente", em Janaúba, no Norte de Minas, nunca mais saíra da memória da professora Maria Nicelia. Foi ela quem recebeu o homem na instituição, sem nunca imaginar a intenção do vigia.

"Eu estava com meus alunos dando banho e ele me chamou e me cumprimentou normalmente e perguntou onde estava a diretora", contou a educadora que teve 20% do corpo queimado. A reportagem de O TEMPO conversou com ela logo após a alta, no inicio da tarde deste sábado (7).

Logo depois de entrar no centro educacional, Santos já espalhou o liquido inflamável, sem pensar duas vezes ou dar pistas de seu plano. "Ele entrou, ficou na beirada da porta mesmo e despejou a gasolina ou álcool. Eu gritei: que isso 'seu' Damião", relembra a professora com muita tristeza nos olhos.

A explosão foi de dentro para fora, segundo Maria. "Eu estava na beira da porta, me pegou e pegou algumas crianças que estavam perto de mim", relembra. A reação da vítima foi correr para a rua e gritar por socorro. "Depois não vi mais nada", complementa.

A mulher está com os dois braços enfaixados. Ela foi medicada e recebeu alta, mas precisou voltar ao centro de saúde porque inalou fumaça. "Eu não passei mal, eles me buscaram por precaução˜, finalizou.

Assista ao vídeo:

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