INÍCIO NESSA SEGUNDA

Professores da UEMG dos campus de Ibirité e Frutal entram em greve

Em Frutal, alunos ocuparam o saguão da instituição em apoio aos educadores; assessoria de imprensa da instituição informa que não foi comunicada oficialmente

Por CAROLINA CAETANO
Publicado em 03 de maio de 2016 | 10:38
 
 
Ocupação no campus de Frutal Otávio Luiz Machado / Webrepórter

Os professores da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) dos campus de Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte, e Frutal, no Triângulo Mineiro, e os professores e técnico-administrativos da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) entraram em greve nessa segunda-feira (2).

Em Frutal, alunos acamparam no saguão da universidade em apoio aos educadores, segundo o professor de Ciências Humanas de Frutal, Otávio Luiz Machado. “Depois de uma assembleia, os professores optaram por suspender suas atividades. Nossas principais reivindicações são reajuste salarial, realização de concursos públicos e melhorias nas condições de trabalho”, explicou.

São várias as reivindicações do movimento grevista além do reajuste imediato dos vencimentos (para reparar as perdas ocorridas desde 2011) e da realização de concursos públicos em fluxo contínuo, de acordo com as demandas dos departamentos. Veja algumas das solicitações: reparação de danos materiais e morais aos professores atingidos pela Lei 100; a incorporação das gratificações ao vencimento básico; a dotação orçamentária baseada na Receita Corrente Líquida do Estado, garantindo a autonomia universitária; a progressão do regime de 20h para 40h; entre outras.

Segundo Machado, a paralisação, a princípio, acontece até a próxima terça-feira (10). Com a suspensão das aulas, cerca de cem alunos foram para a universidade de Frutal nessa segunda. Conforme a presidente do diretório acadêmico, Jordana Perdigão Alvarenga, além do apoio, os alunos têm reivindicações próprias.

"Pedimos assistência estudantil, que inclui restaurante universitário, alojamentos, auxílio socioeconômico para quem precisa, e melhoria no ensino", disse a presidente. Na noite desta terça-feira (3), os manifestantes fazem uma nova assembleia para decidir se a ocupação continua.

Na Unimontes, de acordo com a Associação dos Docentes da Unimontes (Adunimontes), os professores também pedem o reajuste dos salários e incorporação de gratificações aos vencimentos. Já os técnico-administrativos buscam a incorporação da gratificação e abono, a realização de concurso (há um déficit de 500 profissionais) e modificações no decreto de promoção e progressão de carreiras.

A assessoria de imprensa da UEMG informou à reportagem de O TEMPO que ainda não foi comunicada oficialmente da greve e da ocupação.

Atualizada às 19h58