Depois de a Polícia Civil prender 12 membros de uma organização criminosa especializada em roubos de caminhões de cerveja em Minas Gerais, os líderes resolveram mudar a estratégia. Em vez de bebidas, passaram a roubar óleo lubrificante. Deu certo, mas apenas por um mês. Nesta quarta-feira (25), foram apresentados os quatro líderes da organização, presos no último dia 16, na segunda fase da Operação Conjunto.
Em três meses, o grupo desviou mais de R$ 3 milhões em cargas, apontaram as investigações. “Eles roubavam na região metropolitana da capital, e revendiam para toda Minas Gerais”, disse o delegado Marcus Vinícius Lobo, responsável pela operação. Nesta fase da operação, foram apreendidos R$ 600 mil em óleo roubado e uma carreta.
Violência
Para roubar a carga o bando sequestrava caminhoneiros transportando óleo lubrificante em rodovias. “Eles colocavam o motorista em cárcere privado até que a carga fosse levada para um galpão e repassada a receptadores”, contou Lobo.
Um suspeito de 39 anos e outro de 25 foram presos no galpão da quadrilha, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Já outros dois membros, de 19 e 29 anos, foram pegos em um carro roubado, enquanto sequestravam um caminhoneiro.
Além dos líderes do bando, um homem de 31 anos, funcionário da empresa de lubrificantes dona da carga, foi preso. Ele passava a rota dos caminhoneiros à quadrilha.
Empresário foragido
Na primeira fase da Operação Conjunto, os investigadores explicaram que é difícil identificar os compradores deste tipo de carga roubada. Desta vez, porém, um empresário de 31 anos, dono de uma distribuidora em Divinópolis, região Centro-Oeste do Estado, foi identificado. Ele agora é foragido da Justiça.
---
O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.
Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.