Santa Luzia

Sargento dos bombeiros é suspeito de agredir grávida em supermercado

Segundo testemunha, ele chegou a bater com um capacete na mulher; a agressão ocorreu depois de uma discussão entre os dois porque o caixa da vítima estava fechado

Seg, 14/04/14 - 21h48

Um sargento do Corpo de Bombeiros é suspeito de agredir fisicamente uma grávida em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, na tarde desta segunda-feira (14). O crime ocorreu na avenida Brasília, no bairro São Benedito, onde a vítima trabalha como caixa em um supermercado. O bombeiro foi detido pela Polícia Militar (PM) e encaminhado à Delegacia de Plantão da Polícia Civil na cidade.

Segundo a Bárbara Bruna Barbosa, 21, grávida de seis meses, ela estava fechando o caixa quando o sargento tentou passar algumas mercadorias. Ela disse então que estava fechado e que ele deveria passar em outro caixa. O suspeito então reclamou que não havia nenhuma placa de fechamento.

Ainda segundo Bárbara, houve uma discussão entre os dois e o homem começou a dar socos no rosto dela. Ela disse que deu alguns tapas nele, que revidou. A grávida chegou a desmaiar e foi levada ao Hospital Tolentino Neves na capital, onde foi medicada e liberada.

Segundo uma testemunha que estava no supermercado no momento do crime, o sargento chegou a bater com um capacete na mulher. No entanto a vítima disse que não se lembra, já que desmaiou.

“As pessoas que estavam no supermercado que seguraram ele. Outras funcionárias também bateram no sargento, para evitar que ele batesse mais na grávida. É um absurdo bater em uma mulher dessa forma. Todos ficamos muito revoltados”, disse a testemunha.

Ainda no supermercado, populares tentaram linchar o sargento e a confusão foi controlada pela PM. O sargento foi levado para Delegacia de Plantão de Santa Luzia onde, até as 21h da noite desta segunda-feira, ainda estava prestando depoimento.

Segundo um investigador da delegacia, ele seria ouvido e liberado, já que o crime é considerado "de menor importância". A vítima também seria ouvida na delegacia.

Imagens da câmera de segurança do supermercado foram entregues à Polícia Civil, que vai anexar o vídeo ao inquérito. A reportagem de O TEMPO procurou o Corpo de Bombeiros, que até o fim da noite desta segunda-feira não tinha uma posição sobre o crime. A reportagem também não conseguiu conversar com o sargento na delegacia. 

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