O segundo suspeito de participação na morte do soldado Daniel Assis Rocha, lotado na 8ª Companhia do 34º Batalhão de Polícia Militar, se apresentou na Delegacia de Homicídios de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, na tarde desta terça-feira (27).
De acordo com informações preliminares da Polícia Civil, o homem, conhecido pelo apelido de "Betinho", chegou acompanhado de um advogado e prestou depoimento durante a noite. Após as oitivas, ele foi liberado.
A Polícia Civil informou que o suspeito foi liberado uma vez que o período do flagrante já havia se encerrado como Betinho se apresentou. Um pedido de prisão preventiva foi feito à Justiça, mas, até a noite desta terça, a polícia não havia obtido um retorno sobre ele. O conteúdo do depoimento ainda não foi divulgado e não foi possível saber se Betinho confessou o crime.
Impasse
Caso a Justiça conceda o pedido de prisão preventiva, Betinho só deverá ser preso daqui sete dias. Isso porque o artigo 236 da Lei 4.737/1965 proíbe a polícia de realizar prisões, com ressalva para prisões em flagrante, no prazo de cinco dias anteriores a data da eleição. A proibição vale para até 48 horas do dia da votação.
Irmão preso
Nessa segunda (26), o irmão do suspeito também foi preso pelo homicídio. Em conversa com os policiais, ele afirmou que o responsável pelos disparos foi Betinho.
Crime
O suspeito preso nessa segunda contou aos militares que, no domingo (25), estava em um bar no bairro Flamengo, em Contagem, com Betinho quando eles viram que o soldado Rocha estava armado.
A partir daí, o militar foi vigiado pela dupla. Quando o soltado deixou o bar, Betinho decidiu ir atrás.
"Ele conta que Betinho e o soldado tiveram uma discussão, mas não soube precisar o motivo. Em seguida, o irmão conseguiu pegar a arma do militar", explicou o tenente França à reportagem de O TEMPO.
De posse da arma, Betinho teria realizado vários disparos contra o soldado. Ao ver que a vítima já estava no chão e, aparentemente, sem vida, o atirador e o irmão, que o acompanhava, fugiram.
"O homem preso hoje diz que ele e o irmão pegaram um ônibus e foram para o centro de Belo Horizonte. Depois de muitas horas, ele voltou para casa, mas o irmão não quis retornar com ele", explicou.
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