Luiz de Bessa

Sem-teto serão atendidos por programas sociais da PBH

Estratégias para tirar ocupantes do entorno de biblioteca são discutidas

Por BERNARDO ALMEIDA
Publicado em 07 de maio de 2015 | 03:00
 
 
Fixos. Existem 21 pessoas vivendo no entorno da Biblioteca Pública Luiz de Bessa, na região Centro-Sul MARIELA GUIMARÃES

A solução para a ocupação do entorno da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, no Circuito Cuitural Praça da Liberdade,  por moradores de rua deve ser apresentada até o fim de maio. As estratégias propostas serão confirmadas em reuniões ao longo do mês entre representantes da Prefeitura de Belo Horizonte e da instituição cultural. Uma delas será o programa Consultório de Rua, com a ida dos agentes públicos municipais até os sem-teto para orientar e tratar problemas de saúde e dependência química.

“Com essa ajuda inicial, é muito mais provável que esses moradores passem a procurar unidades de saúde para saírem dessa situação degradante”, adianta a coordenadora de Política Municipal para a População em Situação de Rua, Soraya Romina. “Mas não há possibilidade de internação compulsória ou recolhimento dessas pessoas”, garante.

Nesta quarta, ela participou da segunda reunião do grupo encarregado de definir uma saída para o problema, que tem incomodado e intimidado usuários da biblioteca e moradores da região. No mês passado, O TEMPO mostrou que os sem-teto armaram barracas de papelão, usam drogas e ingerem bebidas alcoólicas no local.

“Estamos tentando desenvolver, pela primeira vez, atividade em conjunto, entre secretarias estaduais e municipais”, diz Lucas Guimaraens, superintendente de bibliotecas públicas de Minas Gerais.

Segundo o comerciante José Bispo, 60, que trabalha há sete anos em frente à biblioteca, o uso de drogas existe, mas a sensação de insegurança não procede. “Conheço praticamente todos, são bem tranquilos, não estão envolvidos com roubos. Quem tem medo de assalto é porque não os conhece”, diz.