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Sempre quieto, acusado não ‘tinha interesse por nada’

Qui, 10/04/14 - 03h00

Rochedo de Minas. Maria de Aparecida Maximiano Guimarães, mãe de Afanásio, não tem instrução, não trabalha nem sabe ao certo a idade que tem. Ela estranhou a presença da imprensa na cidade, em busca de informações sobre o seu filho. “Que povo todo é esse perguntando da vida da minha família? Tudo por causa de uma galinha? Não estou entendendo nada”.
 

Mãe de sete filhos e avó de uma garota de 2 anos, ela nasceu na zona rural e se mudou há alguns anos para Rochedo de Minas. A casa de três pequenos quartos, com sala, cozinha e banheiro igualmente apertados, foi construída “no jeito que deu”, nos fundos de outro terreno. No espaço improvisado, moram a neta e três filhos. Os outros foram buscar trabalho em cidades no entorno e, como ela, têm pouca ou nenhuma instrução.

Maria de Aparecida disse que Afanásio nunca gostou nem se interessou por nada, ficava sempre quieto e cabisbaixo dentro de casa e não conversava muito. “Às vezes, ele explodia de raiva e brigava com todo mundo”, relata a irmã Arla. Alguns moradores contaram ter medo do rapaz, como uma vendedora que pediu para não ter o nome revelado. “Ele saiu nas ruas com um facão imenso. Falam que ele matou um cachorro para beber o sangue”, disse. Familiares confirmaram a morte do animal, mas disseram desconhecer a história do sangue. 

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