O presidente do sindicato Metabase, Ronaldo Bento, vai pedir a extensão da garantia de emprego dos aproximadamente 3 mil funcionários da Samarco, em Mariana, na região Central do Estado, até julho de 2016. O anúncio foi feito no início da tarde desta terça-feira (1º).
Segundo o sindicalista, a empresa deu garantia de emprego aos funcionários só até 31 de janeiro. Ronaldo afirmou que vai pedir a extensão do prazo por mais seis meses, a partir dessa data. Nesta segunda, todos os empregados da mineradora em Mariana, entraram em férias coletiva por 30 dias.
Um pedido de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) será entregue ao Ministério Público do Trabalho (MPT), em uma reunião prevista para a próxima sexta-feira (4) para debater sobre a paralisação das atividades da empresa, em função do rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro.
Medo
O medo dos funcionários da Samarco é a da demissão e também de não receber os salários e outros direitos, como o 13º. A própria mineradora anunciou, no fim de novembro, que “não poderá cumprir os compromissos financeiros com seus funcionários e fornecedores”, em função do bloqueio de cerca de R$ 300 milhões, determinado pela Justiça.
O próprio prefeito de Mariana, Duarte Júnior, também defende a continuidade da empresa. “Dizer que não pode mais haver mineração é afirmar que serviços básicos terão de ser parados e que 4 mil pessoas vão perder seus empregos. A mineração representa 80% da nossa arrecadação. A gente tem a preocupação, para não haver um colapso total da cidade. Tenho que ser realista e dizer que a nossa cidade não trabalhou na diversificação econômica”, comentou Duarte Júnior.
De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Samarco possui ao menos 2.400 funcionários terceirizados – quase a mesma quantidade de seus 2.860 trabalhadores contratados.
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