Alerta

Sobe para 68 o número de mortes associadas ao vírus influenza em MG

Número de mortes este ano já é quatro vezes maior do que o contabilizado em 2015, quando ocorreram 15 óbitos em todo o Estado

Sex, 01/07/16 - 10h00

Sobe para 68 o número de mortes associadas ao vírus influenza registradas em Minas Gerais neste ano, de acordo com o informe epidemiológico da gripe da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). O levantamento levou em conta os pacientes diagnosticados entre o dia 1º de janeiro e o dia 30 de junho.

O número de mortes este ano já é quatro vezes maior do que o contabilizado em 2015, quando ocorreram 15 óbitos em todo o Estado.

A morte por Influenza A (H1N1) é a que mais aparece no relatório da pasta, uma vez que foram registradas 43 mortes. Já os óbitos por Influenza A não subtipado chegam a 20 casos. Além desses casos, os dados mostram que duas pessoas morreram por complicações com Influenza B. O boletim ainda aponta que três pacientes vieram a óbito por causas ainda desconhecidas.

A cidade de Campo Belo, no Centro-Oeste de Minas, foi o município que mais registrou mortes relacionadas a Influenza A H1N1, com cinco caso. Já Belo Horizonte, manteve o número de duas mortes.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, em sua maioria, os casos de gripe são leves e se resolvem espontaneamente sem sequelas ou complicações. Porém, a pasta alega que em grupos mais vulneráveis, por exemplo, como em idosos com idades acima de 65 anos, os casos podem se complicar e gerar outras doenças graves.

A SES-MG ainda explicou que a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada por influenza é de notificação compulsória em Minas. Para tentar prever possíveis epidemias, a secretaria alega estar realizando um estudo epidemiológico da frequência de casos e óbitos relacionados a influenza.

Ao todo, Minas Gerais registrou só neste ano 269 casos de SRAG. 

Influenza mata média de 750 mil pessoas por ano no mundo

Apesar do aumento expressivo no número de mortes pelos vírus influenza no Estado, para o professor e diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcos Cyrillo, o número está dentro do esperado. "O número de óbitos depende do tamanho da epidemia de cada ano. Nas maiores delas são 1 bilhão de pessoas em todo o mundo contraindo o vírus, com 500 mil a 1 milhão de mortes", pondera o especialista. 

Segundo ele, a grande maioria das mortes pelo mundo são pacientes em grupos de risco, que incluem: idosos; grávidas; crianças; portadores de doenças crônicas no pulmão, coração e rim; pacientes com câncer; portadores de HIV; entre outros. "Quando já se tem a imunidade baixa por alguma destas doenças, a infecção pode ter alguma complicação mais grave, que acaba levando a morte. Por isso a importância da vacinação destes grupos. Os medicamentos do sistema público são bastante seguros, eficientes. Isso, por si só, já reduz bastante a chance de infecção", garante o professor. 

Ainda conforme Cyrillo existem algumas medidas que podem ajudar a fugir do influenza e ajudar a evitar uma epidemia maior. Veja:

- Evitar o tabagismo

- Não consumir álcool em excesso

- Evitar aglomerações

- Evitar contato com pessoas doentes

- Se estiver com uma infecção mais severa, deve-se procurar o médico

- Aqueles que estiverem contaminados devem evitar visitas à pessoas hospitalizadas 

- Lavar sempre as mãos

Atualizada às 17h08

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