Israel e Palestina

"Solução para conflito é diplomática, e não militar", diz embaixador

O representante da Palestina no Brasil concedeu entrevista coletiva à imprensa mineira nesta quarta-feira e agradeceu o apoio do Brasil

Por RAQUEL SODRÉ
Publicado em 30 de julho de 2014 | 17:32
 
 
Visita e coletiva do embaixador da Palestina a Belo Horizonte FERNANDA CARVALHO / O TEMPO

O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben, deu uma entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira (30) na Casa do Jornalista, localizada no centro de Belo Horizonte, onde agradeceu o apoio do Brasil a Palestina. Al Zeben também foi muito enfático ao defender que a comunidade internacional deve se posicionar e pressionar Israel para que pare com as ofensivas.

Em primeira mão, o embaixador também informou que Israel atacou, nesta quarta-feira, um prédio de imprensa na Palestina, onde seis jornalistas foram atingidos. Informações sobre quantos feridos ou mortos neste ataque ainda não foram divulgadas.

Para Al Zeben o motivo do início dos ataques de Israel foi para impedir a unificação entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, com a desculpa de que três jovens israelenses foram mortos, mas seus respectivos corpos não foram encontrados.

O embaixador também frisou que a solução para o conflito não é militar, e sim, diplomática. Ele explicou que o Hamas foi convidado a fazer parte do governo e como é, agora, a relação entre o governo palestino e o Hamas.

Números da guerra

Na Palestina já são 1.330 mortos, sendo que 40% deles são crianças. Além disso, são 7.450 feridos, 20 mesquitas totalmente destruídas e 54 parcialmente destruídas. A igreja mais antiga da região também foi atingida, assim como sete unidades de tratamento de água, o que fez com que a água potável se misturasse a água de esgoto. São 220 mil as pessoas desabrigadas, 130 escolas e 1.319 casas destruídas.