CASO DA PAMPULHA

Suspeito de matar namorado da ex confessa que atirou e não fica preso

Homem foi à delegacia nesta sexta com advogado; mesmo com um mandado de prisão em aberto, período eleitoral impede prisões, exceto em flagrante ou cumprimento de sentença condenatória

Sex, 30/09/16 - 16h41

Na tarde desta sexta-feira (30), o empresário Antônio Azevedo dos Santos, de 47 anos, suspeito de invadir um apartamento na região da Pampulha, em Belo Horizonte, e matar o namorado da ex-mulher se apresentou em uma delegacia. Ele confessou que atirou, mas foi liberado, uma vez que, devido ao período eleitoral, ninguém pode ser preso cinco dias antes e dois dias depois da votação, exceto em caso de flagrante ou cumprimento de sentença condenatória.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o homem, que estava acompanhado com um advogado, afirmou “que não atirou para matar”. No entanto, detalhes do depoimento não foram divulgados. O mandado de prisão temporária continua valendo e poderá ser cumprido 48 horas após o término da votação.

Na última terça-feira (27), a corporação divulgou imagens do suspeito e de câmeras de segurança de prédios vizinhos, que flagraram o homem na rua. Em entrevista coletiva, a delegada Fabíola Oliveira, responsável pelo caso, contou que o suspeito monitorava a ex-companheira através do celular.

Santos já tinha sido síndico do prédio em que a mulher morava e, por esse motivo, tinha acesso às filmagens de câmeras de segurança. "Antes de entrar do imóvel, ele teve acesso ao equipamento de filmagens do prédio, apagou o HD (disco rígido) e cortou o arame que cercava a área privativa. Ao entrar no apartamento, ele surpreendeu o casal", explicou a delegada. 

O crime

Na madrugada do dia 18 de setembro, Guilherme Elias Veisac e a namorada, que estavam juntos há cerca de três meses, dormiam quando foram acordados com a claridade de uma lanterna. Veisac foi baleado no tórax no momento em que tentou defender a mulher de 30 anos, uma vez que o atirador apontava o revólver para ela.

FOTO: Reprodução Facebok
Guilherme Veisac foi assassinado no dia 18 de setembro

Após o disparo, Santos ainda ficou ameaçando a ex-companheira dentro de apartamento. Eles estão separados desde 2015. Militares chegaram a fazer rastreamento no bairro Boa Vista, na região Leste da capital, onde o suspeito morava, mas ele não foi encontrado.

 

Atualizada às 17h19

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