Pampulha

'Temos esperança', diz Ricardo sobre sobrinha vítima de atropelamento

Empresário do ramo de eletrodomésticos passou a noite com a família no Hospital João XXIII; jovem de 25 anos está internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da unidade

Qui, 23/03/17 - 09h19

A família do empresário Ricardo Nunes – proprietário da rede varejista Ricardo Eletro - está reunida no Hospital João XXIII desde essa quarta-feira (22), quando Fernanda Soares Nunes, 25, foi atropelada na Pampulha, em Belo Horizonte. A jovem está internada em estado grave no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da unidade.

"Ainda não temos o diagnóstico certo, só depois das 10h, mas ainda terá uma nova avaliação às 18h. Ela está viva, graças a Deus, e temos esperança", afirmou Ricardo Nunes.

O empresário passou a noite no hospital ao lado da mãe e do irmão, pai de Fernanda. "Estou aqui 24 horas, dormi aqui. Está tudo muito difícil, o pai e a mãe verem a filha assim, muito complicado", contou.

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) não informou o estado de saúde da jovem. Entretanto, fontes próximas à vítima confirmaram que ela teve a morte cerebral constatada pela equipe médica da unidade de saúde durante a tarde dessa quarta.

"Sou amigo da Fernanda. Conversei com familiares, por telefone, que confirmaram a morte cerebral. Mas o procedimento do hospital é esperar por 24 horar para ratificar a morte", disse um amigo da vítima, que pediu para não ser identificado. "Caso a morte seja confirmada, o enterro será amanhã (quinta-feira), em Divinópolis, onde reside a família", afirmou.

A administradora de empresas Fernanda Nunes foi atropelada por uma SUV Toyota Hilux SW4, conduzida por uma mulher, de 43, na manhã dessa quarta-feira (22), quando caminhava pela avenida Chafir Ferreira, no bairro São Luiz, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Ela foi encaminhada em estado grave para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII com um traumatismo cranioencefálico.

De acordo com a Polícia Militar (PM), a motorista disse que o sol atrapalhou sua visão no momento em que subia a avenida Chaffir Ferreira e, por isso, ela acabou atropelando Fernanda. A condutora ainda afirmou que não sabe dizer de onde a “pedestre saiu”.

Após o acidente, a motorista acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que encaminhou a vítima, inconsciente e com diversas escoriações pelo corpo, para o hospital.

A assessoria de imprensa da PM informou que um boletim de ocorrência foi registrado, porém, a corporação não soube dizer se a motorista foi encaminhada para uma delegacia para prestar esclarecimentos. 

"A minha sobrinha é super feliz, está no auge da vida dela, né, 25 anos. Cheia de planos, feliz, alegre, tinha acabado de mudar para Belo Horizonte, vindo de Divinópolis, muito difícil", finalizou Ricardo.

Em breve conversa com a reportagem de O TEMPO, a condutora, em prantos, disse não ter condições de comentar o que aconteceu. "Fisicamente eu estou bem, mas não consigo falar. No momento eu me preocupei em dar todo apoio à vítima", afirmou a motorista, que é comerciante em um shopping popular da capital.

Polícia Civil já investiga o caso

O delegado Pedro Ribeiro, da Delegacia Especializada de Acidentes de Veículos do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), já solicitou a equipe de investigadores que verifiquem se há câmeras de segurança e de monitoramento de tráfego que possam ter flagrado o atropelamento.

De acordo com a assessoria do órgão, a motorista que se envolveu no acidente é habilitada e a documentação do veículo está em dia. Ainda, segundo a Polícia Civil, não foi repassado pela Polícia Militar (PM) se a condutora apresentava sinais de embriaguez.

Até o momento, o caso está sendo enquadrado como "praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor". Caso a vítima venha a falecer, a natureza do fato muda para "praticar homicídio culposo na direção de veiculo automotor", o que gera a abertura de um inquérito de forma imediata.

Atualizada às 11h54

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