Um baile funk supostamente promovido por traficantes terminou com 18 pessoas presas em Sarzedo, na região metropolitana de Belo Horizonte, na madrugada deste domingo (8). Drogas e armas foram apreendidas no evento, que contava com a presença de cem pessoas e comemorava o aniversário de um bandido há quatro dias. O aniversariante também foi detido.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, denúncias anônimas deram contam que a festa, realizada em um sítio da rua Maria Luíza, no bairro Brasília, era realizada por criminosos. Militares do Batalhão Rotam e da 2ª Companhia de Missões Especiais foram ao endereço indicado.
Na entrada, eles encontraram um homem que prestava serviço de segurança armada. Ele portava um revólver calibre 38 que estava com a numeração raspada. O homem não tinha posse de arma e não pertencia a nenhuma empresa de escolta.
Já dentro do imóvel, alguns homens “ostentavam” armas de diversos calibres, como 38 e 9mm. Todos os participantes, incluindo adolescentes, passaram por buscas. Os militares encontraram com os suspeitos 17 papelotes e 70 pinos de cocaína, oito pedaços de maconha e R$ 2.945 em dinheiro.
A equipe das Rondas Ostensivas Com Cães Adestrados (Rocca) foi acionada e, com a ajuda da cadela Jade, militares encontraram mais cinco pedaços de maconha no quintal.
Além dos entorpecentes e das armas, a polícia encontrou rádios de comunicação, que eram usados para monitorar a movimentação dos convidados e a aproximação de alguma viatura. Todos os suspeitos, com idades entre 41 e 18 anos, foram levados para a Delegacia de Plantão de Ibirité, também na Grande BH.
"Eles vão ficar calados. Cada caso será analisado individualmente. Vamos olhar se conseguimos pedir a liberdade deles", disse o advogado dos suspeitos, Jefferson Camilo.
Entre os presos, dois estavam em liberdade condicional, e, outros dois, com mandado de prisão em aberto.
Cabelos pintados com sigla de facção
Ainda segundo a polícia, alguns dos participantes pintaram os cabelos para a comemoração. Nas cabeças, eles registraram a sigla “AR”, da facção Anjos Revolucionários.
Vizinhos do sítio informaram à corporação que os integrantes da AR são temidos na região pela forma cruel como agem e por “matarem” sem motivos.
Atualizada às 12h35