Três integrantes do PCC são presos no Centro-Oeste de Minas Gerais

Um dos líderes do Primeiro Comando Capital (PCC) e outros dois integrantes da maior facção criminosa do país foram presos, na manhã desta sexta-feira (16), em Piracema, região Centro-Oeste de Minas Gerais. Um dos suspeitos, que é considerado um dos líderes da organização, tinha quatro mandados de prisão no Estado de São Paulo em aberto, um deles por envolvimento na morte de um policial militar.

De acordo com a Polícia Militar (PM), que fez todo o trabalho de investigação contra o trio, os levantamentos iniciaram após a chegada de C.R.P., de 36 anos, na cidade. Ele está escondido em Minas Gerais desde 2006, sendo que já esteve em Betim e vivia desde maio deste ano "escondido" em Piracema.

Após denúncias, a polícia em Minas o investigou e trocou dados com a polícia paulista. O suspeito utilizava um nome falso, Paulo César Soares, com uma carteira de habilitação falsa. O nome usado é de um cidadão de São Paulo que também já tinha passagens pela polícia.

Conforme a Polícia Civil (PC) da cidade, desde que chegou ao município mineiro o suspeito alugou uma casa sem móveis e passou a aturar no tráfico de drogas. Ele tinha dois automóveis, um Volkswagen Jetta e uma Mitsubish L200 Triton, cujos preços variam entre R$ 60 e R$ 100 mil cada. Os dois carros foram apreendidos pela corporação e há suspeita de adulteração no lacre das placas.

A prisão

Após os levantamentos feitos, a PM montou uma operação na manhã dessa sexta. Na casa alugada pelo suspeito, foram detidos, além dele, A.S.H., de 27 anos, e J.V.O., de 29. Ainda conforme a PC, a dupla também é integrante do PCC, mas não tinham nenhum mandado em aberto.

Eles foram presos em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de munição de arma de uso restrito. Enquanto o líder da facção  chegou na cidade em maio, a dupla que chegou para auxiliá-lo no tráfico chegou em Piracema no último dia 9 de setembro.

Questionados sobre o motivo para terem escolhido Piracema, que fica a mais de 500 km de da capital paulista, os suspeitos afirmaram que fizeram a seleção de forma aleatória. Existe a suspeita de que o trio portava uma pistola calibre .40, entretanto, a arma não foi localizada, mas apenas uma munição do mesmo calibre.

Na casa ainda  foram apreendidas 11 buchas de maconha, seis pedras de crack, um caderno com anotações do comércio de drogas, um pacote escrito bicabornato de sódio com um pino de cocaína vazio dentro, oito celulares, a munição e R$ 90 em moeda nacional.

Ainda de acordo com a PC, os suspeitos seguem na Delegacia de Piracema, onde foram ouvidos.