Parque das Indústrias

Trio suspeito de roubar malotes bancários é preso em Betim

Com os suspeitos, foram encontrados mais de 300 folhas de cheques, cinco celulares, R$ 360 em dinheiro e um revólver 38, além de dois carros de luxos e dois equipamentos eletrônicos

Sex, 15/05/15 - 16h51
Material foi apreendido na casa de um dos suspeitos em Betim | Foto: João Lêus/O Tempo

Três homens foram apresentados nesta sexta-feira (15) pela Polícia Civil de Betim, na região metropolitana, suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em roubos de malotes bancários.

Segundo a delegada Cristiane Floriano, as investigações foram iniciadas há cerca de um ano e, na madrugada da última terça-feira (12), os suspeitos A. C. S., de 35 anos, C. A. S., de 48 anos, e F. R. O., de 39 anos, foram presos na casa de F.R.O.. Com eles, foram encontrados mais de 300 folhas de cheques, cinco celulares, R$ 360 em dinheiro, um revólver 38, dois carros de luxos e dois equipamentos eletrônicos.

“Um desses aparelhos, apelidado de 'capeta', bloqueia sinais de ondas, como celulares e GPS, cortando o contato e o rastreamento dos veículos. O outro equipamento é um amplificador de ondas de baixa frequência, em que os suspeitos deturpam a comunicação entre policiais, dificultando a operação policial”, explicou a delegada Cristiane Floriano.

Os cheques, de acordo com as investigações, dariam um lucro de cerca de R$ 250 mil, já que seriam depositados em contas de laranjas. Cerca de 108 folhas foram encontradas na casa em que os suspeitos foram presos.

Ainda segundo a delegada, durante as investigações, a polícia ficou sabendo de um roubo de malotes ocorrido na cidade de Itaguara, e os investigadores montaram campana na casa de F.R.O., no bairro Parque das Indústrias, em Betim. “Um dos suspeitos saiu e entrou no carro, quando foi abordado. Aliás, eles só utilizavam carros de luxo para realizar os roubos. Um Jetta e um Fusion foram apreendidos. No interior do Jetta foram encontradas a arma e um dos aparelhos”, completou.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a empresa que fazia o transporte dos malotes já foi roubada 15 vezes somente neste ano, e 65 vezes em 2014. As vítimas reconheceram os suspeitos.  

Uma delas explicou como era a abordagem dos suspeitos. “Eles apareciam em dois carros, apontavam uma arma e, após o motorista parar o veículo, um deles entrava no carro. Então, iam para uma estrada de terra e faziam o transbordo dos malotes”, contou. “Cinco carros da empresa foram queimados”, completou.

Conforme a delegada, foi pedida a prisão preventiva dos três suspeitos. “Vamos continuar com as investigações porque acreditamos que há mais pessoas nessa quadrilha, e também para sabermos se havia alguém da empresa que passava alguma informação para os suspeitos”, disse Cristiane.

Negação

O suspeito A.C.S., que já tem várias passagens (como receptação, documento falso porte ilegal, entre outras) não quis se pronunciar. Já F.R.O., que nunca foi preso antes, disse que não sabe porque foi detido, apesar de o material e de os outros dois suspeitos terem sido encontrados na casa dele. “Eu estava no trabalho, sou vigilante, e não sei de nada. Nem conheço os dois”, afirmou.

C.A.S. também negou participação nos crimes. “Eu estava sentado na rua quando a polícia chegou e me colocou na casa. Me confundiram com outra pessoa”, disse ele, que já foi preso antes por estelionato, uso de documento falso, furto e roubo.

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