EM BH

'Vai apanhar mais', teria dito suspeito de agredir mulher com barra de ferro

Homem disse que sofreu 'apagão' e não se lembra das agressões; ele está preso preventivamente

Por Bruna Daniel
Publicado em 17 de abril de 2024 | 11:54
 
 
Polícia Civil deu detalhes da prisão do suspeito em coletiva nesta quarta-feira (17 de abril) Foto: Videopress Produtora

O suspeito de ter agredido uma mulher com barras de ferro no bairro Madre Gertrudes, região Oeste de Belo Horizonte, teria dito à vítima que ela iria 'apanhar mais'. O relato foi dado durante depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). O homem está preso preventivamente desde a última terça-feira (16).

Segundo relato da vítima, ela estava na padaria onde trabalha e, ao deixar o local, foi seguida pelo suspeito. Conforme a mulher, ele a agrediu com a barra de ferro, voltou ao carro e disse: 'Você ainda vai apanhar mais'. Na sequência, o homem teria a agredido mais vezes, antes de deixar o local.

A mulher foi levada em estado grave para o hospital Odilon Behrens, onde permanece internada. Conforme a PCMG, a vítima disse que durante o relacionamento não houve episódios de agressão, mas que acabou terminando a relação devido a um suposto vício do suspeito em jogos de cartas. Após o término, o homem teria começado a perseguir a mulher. 

"Ela disse que ele ia ao trabalho dela, ficava gritando", relatou a delegada Ana Luiza Abreu, do Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam).

Suspeito relata 'apagão'

Em depoimento à PCMG, o homem alegou não se lembrar dos momentos em que teria agredido a vítima. O homem afirmou que não planejou o crime e que estava andando com a barra de ferro por estar se sentindo ameaçado pelo atual companheiro da mulher.

Conforme a PCMG, o investigado relatou que é motorista de aplicativo e tinha realizado uma corrida para o local do crime. O homem relata que encontrou a vítima e, então, teve um 'apagão'. "Ele narra que não se recorda do que aconteceu. Ele diz que não era ele naquele momento e que ele não tinha consciência do que ele estava fazendo", diz a delegada Ana Luiza Abreu.

Também conforme a PCMG, o homem admitiu que não aceitava o novo relacionamento da vítima. "Ele falou diversas vezes que ela terminou com ele e colocou um homem dentro da casa dele. Tem essa fala com conotação machista, de que 'tem outro homem na minha casa'. Tem um relato de que ele teria ido à casa e retirado alguns pertences, dizendo que foi ele que comprou", detalha a delegada Ana Luiza Abreu.

Inicialmente, a ocorrência foi registrada como lesão corporal. Mas segundo a delegada Ana Luiza Abreu, ainda é cedo para determinar por qual crime o homem vai ser indiciado. "Ainda precisamos de elementos de informação técnica, como depoimentos, o relatório médico completo da vítima - para saber o grau das lesões -, análise das imagens e perícia no objeto que ele usou (barra de ferro) para chegar a uma definição. Precisamos saber se a lesão é grave ou gravíssima", explica.