NOVO BALANÇO

Chega a 53 o número de mortes suspeitas por febre amarela em Minas

Somente em Ladainha, no Vale do Mucuri, foram 16 óbitos registrados; desde o início do surto, 184 casos da doença foram notificados no Estado; Em BH, 21 pessoas continuam internadas no Hospital Eduardo de Menezes.

Por Paulo Roberto Netto
Publicado em 17 de janeiro de 2017 | 18:16
 
 
Surto da doença aumento a busca pela vacina nos postos de saúde Alex de Jesus / O Tempo

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) investiga a morte de 53 pessoas que podem ter sido vítimas da febre amarela nas quatro regionais de saúde afetadas pelo surto da doença. O dado foi divulgado pela pasta nesta terça-feira (17) em boletim epidemiológico. Ao todo, 184 casos de febre hemorrágica foram notificados em Minas Gerais.

De acordo com o boletim, dos 53 óbitos notificados, 22 são considerados como casos prováveis, ou seja, eram pacientes cujos exames laboratoriais eram positivos para a febre amarela, mas aguardavam resultados de outros testes para a confirmação da doença.

Entre os municípios afetados, Ladainha registra o maior número de mortes suspeitas de febre amarela no Estado. Foram 16 óbitos notificados pela cidade desde o início do surto. Localizada no Vale do Mucuri e inserida na regional de saúde de Teófilo Otoni, que contabiliza mais óbitos até o momento, Ladainha possui 38 casos da doença sob investigação da SES-MG.

Ao todo, em Minas Gerais foram notificados 184 casos de febre amarela. Além de Ladainha, os municípios de Caratinga e São Sebastião do Maranhão, no Vale do Rio Doce, registram 24 e 21 casos suspeitos da doença, respectivamente.

Em Belo Horizonte, 21 pessoas estão internadas com sintomas de febre amarela no Hospital Eduardo de Menezes, informou a assessoria da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que administra a unidade. Desde o início do surto, foram quatro óbitos na capital, todos de pacientes de outros municípios que foram transferidos para o hospital. A última morte foi registrada nesta terça-feira (17).

A assessoria da Fhemig não informou detalhes sobre o paciente, apenas relatou que era uma pessoa do sexo masculino que residia no interior de Minas Gerais.