Barão de Cocais

Vale terá que encontrar lugar mais seguro para escola infantil

Escola Municipal Monsenhor Gerardo Magela fica muito perto do rio São João, que corta a cidade e está dentro da área de risco da barragem

Por Pedro Ferreira
Publicado em 24 de março de 2019 | 17:19
 
 
Escola Municipal Monsenhor Gerardo Magela fica muito perto do rio São João, que corta a cidade e está dentro da área de risco da barragem Foto: João Leus

A Mineradora Vale deverá deslocar as atividades da Escola Municipal Monsenhor Gerardo Magela, de educação infantil, no centro de Barão de Cocais, para um outro local mais seguro, diante da proximidade da instituição de ensino do rio São João, que corta a cidade e está dentro da área de risco.

"Para que os pais tenham mais tranquilidade ", informou o tenente-coronel Godinho. Em todas as escolas as aulas estão suspensas nesta segunda-feira e terça-feira.

Na manhã deste domingo (24), voluntários da Defesa Civil foram treinados para acolher as pessoas no simulado desta segunda-feira (25) e também caso haja, de fato, o rompimento da barragem. Cerca de 600 funcionários da Vale passariam pelo mesmo treinamento na tarde deste domingo.

ÁREA SECUNDÁRIA

A área mais próxima da barragem já foi evacuada quando houve o toque de sirene na noite em 8 de fevereiro, quando 454 pessoas foram retiradas da comunidade de Socorro, segundo o tenente-coronel Godinho.

"Não tem nenhum morador nessa região. Temos feito buscas ativas nesses endereços para confirmar,  todos os dias, se ainda existe um morador", disse Godinho, lembrando que existem trilhas e matas por onde as pessoas poderiam furar o bloqueio.

Na área secundária, onde haverá a simulação, a lama gastaria 1h12 para chegar. "Teríamos aproximadamente uma distância de 12 km até chegar ao primeiro local", disse.

A lama demoraria 2h36 para chegar em outra comunidade, que chama Barra Feliz, e 3h06 para chegar à cidade de Santa Bárbara. "O treinamento feito na madrugada desse domingo foi feito juntamente com as defesas civis dessas municípios ", disse Godinho.

PLACAS

Mil placas indicando rotas de fuga foram instaladas na cidade e outras 400 serão distribuídas até está segunda-feira. "Vão indicar rotas de fuga, áreas seguras, ponto de encontro", disse o coronel. 

Em alguns locais da cidade, as áreas seguras ficam mais próximas das casas do que os pontos de encontro e as pessoas serão orientadas, pelos mapas e material a ser distribuídos, onde chegar mais rápido numa emergência. No local, já fora da mancha, haverá uma placa: "Aqui é uma área segura".

A orientação é que as pessoas ajam com calma e que deixem suas casas a pé, em caso de uma situação real. "A gente orienta que as pessoas não saiam com os seus veículos. As viaturas do corpo de Bombeiros,  da Defesa Civil, das polícias e agentes treinados possam passar", explica.