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Uma vendedora de 26 anos registrou um boletim de ocorrência, nesta terça-feira (17), contra um fotógrafo após, segundo ela, ter sido estuprada pelo profissional durante um ensaio fotográfico no bairro Santa Lúcia, região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Sob anonimato, a jovem contou a reportagem de O TEMPO que há cerca de um mês iniciou um contato com o fotógrafo, quando conheceu o trabalho dele pelas redes sociais. "Ontem (segunda-feira) tinha marcado para tirar umas fotos com esse fotógrafo. Não eram fotos nuas, mas de biquíni. Cheguei na casa dele por volta das 16h, ele me tratou muito bem, mas eu estava muita tímida para tirar as fotos. Aí ele disse: 'vamos tomar um drink para relaxar'. Eu tomei, mas não fiquei alterada", explicou.
Segundo ela, no copo tinha uma mistura de vodka com energético. O ensaio prosseguiu normalmente. "Eu lembro perfeitamente dele com a câmera na minha frente, mas as minhas vistas começaram a escurecer e eu apaguei. A família dele também estava na casa, mas em outros cômodos e o imóvel é grande. Eles olharam no meu telefone o número da minha mãe, ligaram para ela falando que eu estava alcoolizada e me trouxeram em casa", detalhou.
Segundo familiares, a jovem chegou inconsciente e vomitando. Os parentes deram banho nela e a colocaram para deitar. Quando voltou a ficar consciente, na madrugada desta terça, ela afirma ter percebido que teria sido abusada sexualmente.
"Além da minha boca machucada, tinha sangue na minha vagina, estou sentido dores na pélvis, tinha cheiro de látex (produto usado em preservativos) também na minha vagina. Estou com outras dores pelo corpo. A gente não espera que isso possa acontecer. Só quero justiça e isso não vai ficar impune. Eu denunciei porque não quero que ele faça mais isso com ninguém", contou.
Parceria
Segundo a jovem, ela não pagaria nenhum valor pelo ensaio. A vendedora posaria de modelo e divulgaria o nome do profissional nas redes sociais dela. A intenção da mulher, com as fotos profissionais, era conseguir mais seguidores no Instagram e, consequentemente, mais trabalhos fotográficos.
A jovem procurou a Delegacia de Mulheres, passou por exame de corpo delito e foi medicada em um hospital próximo ao imóvel em que mora com a família. Os resultados dos exames ainda não ficaram prontos.
Após o caso, ela também contou a situação nas redes sociais e, ainda conforme a jovem, recebeu mensagens de garotas afirmando que o profissional teria sido invasivo em outras situações.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, um inquérito foi aberto, a jovem passou por exames e o caso será investigado.
Fotógrafo
A reportagem de O TEMPO tentou contato com o fotógrafo, mas não foi atendida e ele não retornou para o número de contato deixado. Uma cunhada dele afirmou que, por enquanto, a família não vai se manifestar e que um advogado será contratado. Só depois disso que o profissional poderá comentar o caso. A matéria será atualizada assim que o fotógrafo se posicionar.
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