EMPRESA NÃO PAGOU

Vítimas da Samarco são ameaçadas de despejo por aluguéis atrasados

Fundação Renova informou que problema foi causado por transição nos contratos e que vai regularizar a situação ainda esta semana

Qua, 22/03/17 - 18h22

Moradores de Bento Rodrigues atingidos pelo rompimento da Barragem de Fundão foram ameaçados de ficarem, mais uma vez, sem casa. Desde o fim do ano passado, a Samarco atrasou parte dos pagamentos dos imóveis alugados para os atingidos, que foram ameaçados de serem despejados por alguns dos proprietários das casas. As residências ficam em Mariana e Barra Longa, na região central do Estado.

De acordo com Antônio Pereira, que faz parte da Comissão dos Atingidos de Bento Rodrigues, o problema foi levado pelos moradores, que informaram que também eram cobrados pelos pagamentos atrasados. "Repassamos isso para a Renova, que disse que este problema foi causado por uma transição dos contratos de pagamento", conta.

Até o ano passado a Samarco era a empresa responsável por pagar os alugueis, mas a responsabilidade foi repassada para a Fundação Renova, que foi criada para acompanhar a recuperação das pessoas e áreas atingidas pelos rejeitos.

Pereira conta que parte dos contratos já foram regularizados, mas ainda existem pagamentos atrasados.

Por meio de nota, a Fundação Renova declarou que mantém cerca de 400 propriedades alugadas na região e que aproximadamente 85% desses contratos estão em dia. "Ocorreram atrasos no pagamento dos aluguéis de alguns imóveis. Esses contratos estão sendo regularizados e a Fundação está trabalhando para normalizar os pagamentos ainda esta semana", informou a empresa.

Em relação à locação de imóveis em Mariana e Barra Longa, a Fundação Renova esclarece que mantém cerca de 400 propriedades alugadas na região. Aproximadamente 85% desses contratos estão com o pagamento regularizado. Entretanto, durante o processo de transição dos contratos da Samarco para a Fundação, ocorreram atrasos no pagamento dos aluguéis de alguns imóveis. Esses contratos estão sendo regularizados e a Fundação está trabalhando para normalizar os pagamentos ainda esta semana.

A Renova também informou que com o fim do processo de transição, os contratos passam a ter dois naos de validade.

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